Davi relembra trabalho como vendedor em ônibus: 'Cada real importava, eu deixava de almoçar para pagar as contas'
Publicado em
Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies
Geral
Por Pesquisa Web
A aprovação da lei da terceirização uniu as seis principais centrais sindicais do País que, juntas, preparam manifestações e uma greve geral contra a medida. A data da paralisação será decidida na segunda-feira e deve ocorrer no fim de abril. O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo já realiza protestos a partir desta sexta-feira.
Em nota assinada na quinta-feira (23) pelos presidentes da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB, após reunião em São Paulo, as centrais afirmam que “a terceirização aprovada condena o trabalhador à escravidão”. Segundo o texto, o governo Temer e o Congresso atendem só a interesses da classe empresarial.
“O trabalhador ganhará menos, trabalhará mais e ficará exposto a acidentes de trabalho.” Representantes de quase 10 milhões de trabalhadores, as centrais ressaltam estarem abertas ao diálogo para mudar o projeto. Outra proposta alternativa que tramita no Senado e que poderá ser votada nos próximos dias não é consenso entre as centrais.
A CUT, por exemplo, é contra qualquer projeto que permita a terceirização da atividade principal da empresa. Para Vagner Freitas, presidente da CUT, a nova lei oficializa o bico. “Não vai ter mais trabalhador com carteira assinada e, ao contrário do que dizem os empresários, vai aumentar o desemprego pois as empresas vão querer substituir o pessoal formal por terceirizados, temporários e pessoas jurídicas”. Na opinião de Ricardo Patah, presidente da UGT, “nem a ditadura militar tratou os trabalhadores como o governo Temer está tratando”.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, diz que a nova mobilização nacional será maior do que a da semana passada. Adilson Araújo, da CTB, avalia que contratados pelo novo regime terão jornada maior e salários menores, o que resultará em produtividade menor. Para a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), o quadro em que hoje se encontram cerca de 12 milhões de terceirizados será agravado e poderá ocorrer uma inversão em relação aos 35 milhões de contratados diretos. Também avalia que haverá maior rotatividade de mão de obra e mais acidentes.
Hoje, diz a entidade, de dez acidentes, oito ocorrem com terceirizados. Segundo Átila Melo, sócio do Castilho & Scaff Manna Advogados, a lei “transforma o trabalhador em mercadoria, pois o torna descartável”. Pierre Moreau, do Moreau e Advogados, lembra que, ao não proibir a contratação de terceirizados que eram funcionários da empresa, haverá demissão em massa de funcionários e a “pejotização” decorrente da terceirização.
“Com isso, os trabalhadores perderão direitos como férias, 13.º, licença maternidade e FGTS. Já para o ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto, o fim da distinção entre atividade fim e meio é positiva e “resolverá milhares de pendências jurídicas”.
Publicado em
Publicado em
Publicado em
Publicado em
Geral
04/05/2024 12:00
Geral
04/05/2024 11:00
Geral
04/05/2024 10:45
Geral
03/05/2024 18:00