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Filho faz abaixo-assinado para envio da 'pílula do cancêr' após piora

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Filho faz abaixo-assinado para envio da 'pílula do cancêr' após piora

Por: Sites da Web

Filho fez apelo nas redes sociais para retomar envio de pílulas da USP

 

Depois de ter suspenso o envio da fosfoetanolamina, a chamada “Pílula da USP”, produzida em laboratório pelo Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo (IQSC-USP), o filho do professor Élio Martins de Carvalho, de 58 anos, que luta contra um câncer na língua em estado avançado, se mobiliza para pressionar a instituição. O estudante Caio Souza criou um abaixo-assinado na internet na segunda-feira (29) e, até esta quarta-feira (2), já conseguiu arrecadar 7.890 assinaturas.

Élio é morador de Santo Antônio de Jesus, a cerca de 180 quilômetros de Salvador, e pode ter sido o primeiro paciente da Bahia a conseguir na Justiça uma liminar que obrigou a USP o envio da substância, em dezembro do ano passado. A família dele está preocupada porque ele apresentou piora no quadro clínico depois de parar de tomar a fosfoetanolamina. Por conta da doença, Elio não consegue falar.

A fosfoetanolamina passou a ser produzida em laboratório por um pesquisador da USP, hoje aposentado, que acredita que seja capaz de tratar câncer. Pacientes com a doença têm entrado na Justiça para obter o produto da universidade paulista. A substância ainda não passou pelos testes legalmente exigidos para ser comercializada. A USP tem atendido a demanda porque é obrigada judicialmente.

"A Justiça foi acionada em relação à liminar, por descumprimento, e a liminar continua valendo, não foi suspensa. Eu pesquisei e vi que é um hábito da USP mandar a primeira remessa e depois não mandam mais. Muitas pessoas morrem por causa disso. Quando eu liguei para a Procuradoria da USP, me disseram que estavam acostumados a ouvir histórias tristes todos os dias”, relata o estudante.

Sem expectativa sobre o envio da substância, ele resolveu buscar apoio para chamar atenção sobre o caso por meio da internet. “Vendo que eu não ia consegui o destaque que eu queria, fiz campanha no Facebook e entrei no site de abaixo assinado pedindo ajuda a pessoas desconhecidas e comecei a divulgar”, contou.

A mulher de Élio, Suely Machado, conta que se surpreendeu com a melhora no quadro clínico do marido após ter tomado pílulas de fosfoetanolamina. “Em outubro, me disseram que eu ia levar ele para casa para morrer, ele não saía da cama e estava com 51 kg. Com a medicação [fosfoetanolamina], ele começou a andar, coisa que não fazia mais. Foram 35 dias de paz. Ele renasceu. De repente melhorou e ganhou peso, força nas pernas”, afirma. Suely diz que, após tomar a “Pilula da USP, o marido foi avaliado pelos médicos e, após exames, foi constatado que o tumor estava “estacionado”.

“Depois que a medicação acabou, ele hoje toma 16 morfinas de 30 miligramas por dia para dor. Se esse comprimido for placebo, então eu não sei o que é a cura”, compara. Na decisão liminar de dezembro do ano passado, a Justiça determina que o instituto da USP envie, de forma contínua, regular e gratuita, via Sedex, no endereço do paciente, a fosfoetanolamina sob pena de multa de R$ 100 por dia de atraso no cumprimento da decisão.

Quando procurada após a suspensão do envio, no dia 19 de fevereiro, a Procuradoria da Universidade de São Paulo informou que faz o envio de segunda remessa aos casos em que há determinação judicial dentro da capacidade limitada de produção da substância. Até o momento, a USP não se manifestou até o fechamento da matéria.

 

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