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Antibiótico: você está usando isso errado!

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Antibiótico: você está usando isso errado!

Por: Sites da Web

Dez dias de antibiótico daqui, dez dali, outro tanto acolá. O uso excessivo e incorreto da medicação é uma das principais causas da resistência das bactérias aos antibióticos. Um problema tão sério que a Organização Mundial da Saúde já o considera “ameaça global” à saúde pública. Daí ter lançado, no mês passado e no mundo todo, uma campanha de conscientização sobre o assunto. "Por questão de sobrevivência, as bactérias se tornam resistentes a antibióticos. Com isso, é preciso usar remédios cada vez mais fortes”, diz a infectologista Thais Guimarães. Para piorar, a velocidade com que elas adquirem resistência é maior do que a capacidade da indústria de desenvolver novos medicamentos. Sentiu que todo cuidado é pouco, né? Confira aqui os erros que não dá para cometer e que longe deles.

1 - Interromper o tratamento no meio
Mal os sintomas da infecção melhoram e muita gente já para de tomar o antibiótico. Erro perigosíssimo! “O tempo de tratamento é indicado para matar toda a população de bactérias no tecido infectado. Se for interrompido, as bactérias que sobraram podem se proliferar e ficar resistentes ao remédio”, alerta Thais. Resultado: a doença talvez volte com ainda mais força e, para tratá-la, será preciso recorrer a antibióticos mais potentes – injetáveis ou que necessitem de hospitalização para serem administrados.

2 - Tomar antibiótico por qualquer coisa – e com muita frequência
A regra é clara: antibióticos servem para tratar infecções por bactérias, como amigdalites, pneumonias bacterianas e infecções urinárias. “Em infecções causadas por vírus, como gripes e resfriados, o antibiótico não faz efeito algum”, esclarece a especialista. Segundo o infectologista Artur Timerman, há estudos que mostram que 80% a 90% das dores de garganta são causadas por vírus, mas há prescrição de antibióticos em 95% dos casos. “É essencial diagnosticar se a infecção é viral ou bacteriana. Há que ter cautela e responsabilidade ao se prescrever um antibiótico”, diz ele.

3 - Atrasar as doses da medicação
O antibiótico tem um tempo em que fica circulando na corrente sanguínea para agir no local da infecção e combatê-la. Depois, começa a ser eliminado do corpo. Essa é a hora de tomar a próxima dose. Os intervalos variam de antibiótico para antibiótico. “A demora cria um período em que não há remédio no sangue. Com isso, a infecção pode piorar e as bactérias criarem resistência”, explica a especialista.

4 - Guardar o remédio para usar na próxima vez em que ficar doente
Se for para tratar o mesmo tipo de infecção, tiver indicação médica e o remédio estiver dentro do prazo de validade, não há problema. Fora dessas condições, nada feito. “Os antibióticos possuem indicações específicas. O receitado para pneumonia, por exemplo, não serve para tratar amigdalite”, diz Thais. Além da indicação de dose ser individual, o remédio pode não ter efeito algum para ela, que fica exposta a efeitos colaterais e resistência bacteriana.

5 - Usá-lo para tratar sintomas, não a causa
Há quem sofra sempre do mesmo problema, como infecção urinária ou amigdalite... E, a cada vez que a crise vem, toma antibiótico sem nem consultar um médico. Um prato cheio para criar superbactérias. “O certo é investigar a causa por trás do problema crônico”, afirma.

 

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