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Governo lança protocolo para reduzir intervenções e humanizar parto normal

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Governo lança protocolo para reduzir intervenções e humanizar parto normal

Por: G1

O presidente Michel Temer (centro), acompanhado da primeira-dama, Marcela, e de ministros durante o lançamento das novas diretrizes para o parto humanizado (Foto: Beto Barata/PR).

 

O governo federal lançou nesta quarta-feira (8) uma série de diretrizes para humanizar o parto normal e reduzir o número de intervenções consideradas desnecessárias. Segundo o Ministério da Saúde, as diretrizes têm como objetivo permitir que a mulher tenha maior poder de decisão sobre como será o nascimento do filho – leia mais abaixo a lista completa.

As novas diretrizes, explicou o ministério, são baseadas em evidências científicas coletadas por um grupo de especialistas, entre os quais obstetras, clínicos gerais, neonatologistas, anestesiologistas e enfermeiras, além de integrantes de entidades da área da saúde. O lançamento das diretrizes aconteceu em cerimônia no Palácio do Planalto, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Entre os presentes à cerimônia estavam o presidente Michel Temer, a primeira-dama, Marcela Temer, e os ministros Ricardo Barros (Saúde) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).

O que preveem as diretrizes
Leia abaixo o que as novas diretrizes preveem como medidas que deverão ser incorporadas pelas maternidades:
• Permitir à mulher a posição que ela preferir durante o parto, visando o conforto;
• Presença de doulas e de acompanhante;
• Dieta livre, com o fim do jejum obrigatório;
• Métodos de alívio para a dor, como massagens, banhos quentes e imersão na água;
• Direito à anestesia e à reaplicação dela;
• Contato pele-a-pele da criança com a mãe imediatamente após o parto;
• Direito à privacidade da gestante e da família;
• Estímulo à amamentação.

Métodos a serem evitados
De acordo com o governo, outro objetivo da política é reduzir os "altos índices" de intervenções consideradas desnecessárias, entre as quais cesarianas e episiotomias. Na avaliação do Ministério da Saúde, esses procedimentos não levam em consideração os aspectos emocionais e culturais das mães e podem colocar a vida da gestante e do bebê em risco.

Saiba abaixo os procedimentos que, segundo as novas diretrizes, devem ser evitados, quando possível:
• Episiotomia (corte no períneo);
• Uso do hormônio ocitocina para acelerar a saída do bebê;
• Cesariana;
• Aspiração do nariz e da faringe do recém-nascido;
• Técnica conhecida como "manobra de Kristeller", quando se pressiona o útero da mulher para ajudar a explusão da criança;
• Uso do fórceps;
• Lavagem intestinal antes do parto;
• Raspagem dos pelos pubianos;
• Rompimento da bolsa;
• Corte precoce do cordão umbilical (os médicos deverão esperar de 1 a 5 minutos ou até cessar a pulsação).

Acesso ao DIU
O governo federal também informou que vai ampliar o acesso das mulheres ao Dispositivo Intrauterino de Cobre (DIU), método contraceptivo disponível nas unidades básicas de saúde, mas que agora passará a ser oferecido para mulheres após o parto e após abortos. As maternidades, segundo o Ministério da Saúde, terão 180 dias para se adaptar à medidas.

Ligue 180
No evento desta quarta, o governo também informou que o Ligue 180 passará a receber denúncias de violência obstétrica. O programa foi criado em 2005, no governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva para orientar mulheres sobre direitos e serviços públicos. Em 2014, no governo da então presidente Dilma Rousseff, o Ligue 180 também passou a ser disque-denúncia, com capacidade de envio de denúncias para as secretarias de Segurança Pública estaduais e para os ministérios públicos locais.

 

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