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No Dia Mundial da Obesidade, nutricionista Cedeba ensina como controlar a doença

Saúde

No Dia Mundial da Obesidade, nutricionista Cedeba ensina como controlar a doença

Por: CN com Assessoria de Comunicação

A dificuldade para encontrar roupas só reforçava a baixa auto-estima (ela se achava muito feia) da técnica de enfermagem (atualmente desempregada), Adelizia Gomes do Amaral, 41 anos, quando seu peso atingiu 142 quilos. Com 1,60 m de altura, está agora com 105, um ano após a cirurgia bariátrica, mas ainda precisa eliminar mais 20. E ela aprendeu com a equipe multidisciplinar do Núcleo de Obesidade do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), onde continua sendo acompanhada que, mesmo com a cirurgia de redução do estômago, tem que mudar o estilo de vida: fazer atividade física regularmente e seguir o plano alimentar construído pela nutricionista.

Adelízia, que reside no município de Cruz das Almas, tem histórico de obesidade na família - um fator importante como explica a nutricionista do Cedeba, Lorenna Fracalossi, que se fortalece se tiver condições ambientais favoráveis: sedentarismo e alimentação inadequados, criando uma ambiente obesogênico. Adelizia começou a ganhar peso a partir dos 20 anos, atingindo 113 quilos na gravidez. Em 2014, chegou ao Cedeba, mas primeiro foi encaminhada para a cirurgia de tireóide,

Dia Mundial

Hoje se comemora o Dia Mundial da Obesidade - no Cedeba, a programação acontecerá no dia 19 (quinta-feira) com atividades focadas no tema "Movimente-se para a Vida" - reforçando a importância da atividade física, "é um momento para refletir a necessidade da mudança de estilo vida para reduzir a doença que é fator de risco para diabetes, hipertensão arterial, doenças das articulações, dislipidemias (elevação de gorduras no sangue) e alguns tipos de câncer, onde se inclui o câncer de mama", observa a nutricionista.

Segundo Lorenna Fracalossi, os pacientes com obesidade ao chegarem ao Cedeba - o ambulatório conta com 3,5 mil pacientes cadastrados - em sua maioria, relatam hábitos alimentares que favorecem a obesidade: alimentação com muitos carboidratos e poucas proteínas , frutas e verduras.Também consome excessivamente alimentos processados e ultra-processados ricos em gordura hidrogenada com biscoitos e salgadinhos. E mais: muito sal e açúcar.

Adelízia, por exemplo, conta que antes da bariátrica, antecedida por um programa de reeducação no Cedeba, na sua lista de alimentos habituais estavam acarajé, crepes, cachorro-quente, milkshake, açaí, pudins e sorvetes. Todos alimentos muito calóricos.

Nos pacientes do interior, segundo a nutricionista, é mais fácil a adesão à nova proposta de alimentação saudável e ao plano alimentar. Tem ai - analisou - a questão de esse grupo aceitar mais facilmente as orientações da equipe de saúde. Também eles enfrentam menos dificuldade para aderir ao programa de exercício, físico porque podem caminhar sem medo, ao contrário das grande cidades. No Cedeba, os profissionais orientam que mesmo quem nem pode pagar academia, deve caminhar ou até dançar em casa. Mas a questão da violência dificulta a prática de caminhadas.

As orientações aos pacientes com obesidade do Cedeba são feitas de maneira integrada pela equipe multidisciplinar. Os nutricionistas mostram que além da alimentação adequada, é preciso fazer exercício. Isso é reforçado pelo endocrinologista, fisioterapeuta, psicólogo, enfermagem e assistente social.

O aumento da obesidade e do sobrepeso pressionam a demanda no Cedeba que, sendo Centro de Referência, tem seu atendimento voltado para os casos mais graves. O encaminhamento é feito pela Atenção Básica, mas o paciente precisa obedecer aos seguintes critérios: IMC (relação peso altura) acima de 40 (obesidade grave), ou a partir de 35, desde que associada a duas comorbidades - diabetes e hipertensão, por exemplo. O encaminhamento para a bariátrica só é feito após dois anos de tratamento.

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