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Câncer de cabeça e pescoço estão cada vez mais comuns: veja sintomas

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Câncer de cabeça e pescoço estão cada vez mais comuns: veja sintomas

Por: Pesquisa Web

Os cânceres de cabeça e pescoço são aqueles localizados nas regiões da cavidade oral, faringe, laringe e amígdalas. Julho é o mês dedicado à conscientização desses tipos de câncer, a fim de alertar a população sobre a gravidade da doença que, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é o quinto tipo mais frequente entre os homens.

Além do câncer de tireoide, um dos mais conhecidos, outros tipos de tumores nessa região merecem atenção. É o caso do câncer de laringe, um dos mais comuns. Estimativas do INCA apontam que em 2018 devem surgir novos 7.670 casos da doença, sendo 6.390 em homens e 1.280 em mulheres. No Brasil, o câncer de boca é o quarto tipo mais frequente entre a população, com uma estimativa de 14.700 novos casos para este ano.

"A conscientização para esses tipos de câncer é extremamente importante porque eles são bastante agressivos e, hoje, infelizmente, são diagnosticados tardiamente. Se alertados os sintomas precocemente pode-se mudar a história de vida do paciente", alerta o médico-cirurgião de cabeça e pescoço Flávio Hojaij, do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Principais causas
De acordo com o médico, o câncer de cabeça e pescoço acomete mais homens a partir dos 50 anos, estatística que pode ser explicada pelo fato dessa fatia da população ter se exposto excessivamente a substâncias como álcool e tabaco ? principais fatores de risco para esses tipos de câncer.

Muitas pessoas sabem que o tabagismo é o grande responsável pelo câncer de pulmão. O hábito de fumar também pode desencadear alterações nas células da mucosa bucal, lábios, faringe e laringe. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 90% dos pacientes diagnosticados com câncer de boca eram tabagistas. Quanto mais frequente é o consumo do cigarro, maiores são os riscos do desenvolvimento da doença.

No caso do câncer de laringe, tabaco e álcool juntos potencializam ainda mais os efeitos nocivos das substâncias tóxicas presentes em ambos. Fumantes, por exemplo, têm 10 vezes mais chances de desenvolver este tumor; quando o álcool entra na equação, esse número sobe para 43, como mostram dados do INCA.

Mas como explicar o surgimento de um tumor maligno entre a região da cabeça e pescoço em pessoas que não fumam e não bebem?

Nos últimos anos o HPV (Vírus do Papiloma Humano) se tornou um risco preocupante, já que atualmente surgem novos casos associados entre a população jovem, por conta da prática do sexo oral sem proteção. O INCA indica que 7% da população brasileira têm HPV oral, aquele transmitido por relação sexual. "O vírus do HPV tem relação com o carcinoma da orofaringe, região onde ficam as amígdalas. Isso pode ocorrer com a prática de sexo oral sem proteção", reforça Flávio Hojaij. A infecção pelo vírus do HPV também é uma das causas mais comuns do câncer de esôfago.

Sinais de alerta
Os principais sintomas desses cânceres devem ser observados e detectados precocemente. De acordo com Flávio Hojaij, é importante estar atento aos seguintes sinais de alerta: feridas na boca como aftas, que demoram mais de duas semanas para cicatrizar; dor e dificuldade persistentes para engolir, que não têm relação com uma infecção de garganta; rouquidão ou dificuldade para falar; surgimento de nódulos e aumento dos gânglios linfáticos.

Ao notar qualquer um desses sintomas, é fundamental que o paciente busque um especialista ou seja encaminhado pelo seu médico de rotina. Visitas regulares ao dentista também ajudam a detectar precocemente uma lesão suspeita na cavidade oral.

A descoberta do câncer em estágio inicial é importante porque permite a indicação de um tratamento menos agressivo para o paciente. "Nos tumores malignos da boca, não é comum ver metástases para outros órgãos, no entanto, elas surgem nos gânglios do pescoço. Quando não conseguimos controlar isso, o paciente pode perder a possibilidade de falar, respirar e comer naturalmente. Isso piora muito a qualidade de vida daquela pessoa", observa Flávio Hojaij.

Como tratar e prevenir
O tratamento do câncer de cabeça e pescoço depende da análise do estágio da doença por uma equipe multidisciplinar. Essa abordagem é oferecida pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz, que possui um Centro Especializado em Oncologia exclusivo, com infraestrutura, tecnologia avançada e um tratamento multidisciplinar integrado para atender às necessidades específicas de cada paciente. Mais do que tratar a doença, é fundamental investir na reabilitação daquele paciente.

Por isso, cirurgia, radioterapia e quimioterapia são apenas as etapas iniciais do tratamento dos tumores malignos de cabeça e pescoço. "O tratamento individualizado é fundamental para qualquer paciente oncológico. Hoje, ao analisar o quadro daquela pessoa, posso entender o tipo de cirurgia mais adequada ou mesmo tentar estratégias diferentes, combinando radioterapia e quimioterapia", explica Flávio.

O Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz conta com times multidisciplinares para atender os pacientes de forma integral e única. Para o câncer de cabeça e pescoço, por exemplo, especialistas de diferentes áreas são envolvidos no tratamento, como oncologistas, radiologistas, cirurgiões de cabeça e pescoço, nutricionistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, dentistas, entre outros.

A prevenção dos tumores malignos que afetam a região da cabeça e do pescoço requer a adoção de hábitos saudáveis, como investir em uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras e legumes, além de evitar o álcool, cigarro e sexo oral sem camisinha. Essa é uma forma de prevenir não só o câncer de cabeça e pescoço, como também outros problemas de saúde que afetam a qualidade de vida de qualquer indivíduo. Fonte: Minha Vida*

 

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