Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Notícias

/

Política

/

Situação de Caetano se complica na justiça que mantem condenação no caso Fhunami

Política

Situação de Caetano se complica na justiça que mantem condenação no caso Fhunami

Por Camaçari Notícias

Justiça nega recursos de Caetano e mantém condenação em caso da Fhunami

O deputado federal Luiz Caetano (PT) sofreu nova derrota na Justiça. Condenado por irregularidades na contratação da Fundação Humanidade Amiga (Fhunami) quando era prefeito de Camaçari, o petista teve recurso negado pelo Tribunal de Justiça da Bahia, que manteve a punição ao parlamentar.

Assim, ele terá que devolver R$ 304 mil aos cofres públicos, pagar uma multa no mesmo valor e continua com os direitos políticos suspensos. A decisão de negar o recurso dele foi da desembargadora Maria da Graça Osório Pimentel Leal, em publicação do dia 13 de abril.

Em seu recurso, Caetano pediu revisão das provas e efeito suspensivo da sentença. A desembargadora, contudo, entendeu pode negar ambos. Segundo ela, "é pacífico o entendimento jurisprudencial sobre a impossibilidade de se reexaminar matéria probatória nos recursos excepcionais".

No caso do efeito suspensivo, ela afirmou que o "requerente deixou de realizar fundamentação consistente que possibilitasse a concessão do pleito almejado, limitando-se a fazer alegações frágeis e superficiais sobre o tema para justificar a concessão da pretendida suspensividade".

O petista foi condenado por improbidade administrativa pela contratação irregular da Fhunami para serviços de produção de fardamento e mochilas para estudantes da rede municipal de educação. A Fhunami também foi condenada na ação, movida pelo Ministério Público estadual (MP) em 2007.

O caso
Segundo a decisão, é possível inferir que a motivação de Caetano de não realizar licitação e contratar a Fhunami foi política, tendo em vista o desejo de utilizar mão-de-obra local, atendendo à reivindicação das costureiras profissionais do município, contratadas por meio da empresa.

Contudo, o fomento à mão-de-obra local "não justifica a frustração do procedimento licitatório, mediante contratação direta fora das hipóteses legais". "Ressalto que a inobservância do procedimento licitatório impediu que a Administração obtivesse a proposta mais vantajosa e causou efetivos prejuízos ao erário, o que resta sobejamente demonstrado nos autos", diz a desembargadora.

Cada camisa confeccionada pela Fhunami custou R$ 0,90, embora a contraprestação praticada no mercado correspondesse a apenas R$ 0,20 por unidade. Além disso, o valor repassado pelo município (R$ 304.210,00), seria suficiente para produzir 10.350 mochilas e 30.500 camisas, mas a empresa não confeccionou essa quantidade.

Com isso, a Justiça entendeu por condenar o ex-prefeito e a própria Fhunami, uma vez que foi comprovada a realização de ato de improbidade administrativa.

Relacionados

VER TODOS