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Funcionários da Cidade do Saber denunciam Instituto Professor Raimundo Pinheiro

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Funcionários da Cidade do Saber denunciam Instituto Professor Raimundo Pinheiro

Por: Sheila Barretto

Ex-funcionários da Cidade do Saber procuraram o Camaçari Notícias, na tarde desta quinta-feira (23), para denunciar o Instituto Professor Raimundo Pinheiro por não liberar a documentação necessária para a realização do saque do FGTS e não se dispor a resolver o problema. Os trabalhadores, que não quiseram ser identificados, afirmam que muitos estão passando dificuldades por estarem sem salário e sem plano de saúde há dois meses e cobram uma posição do Instituto, que, segundo eles, joga a responsabilidade para o sindicato e vice versa. Enquanto isso, 120 profissionais estão no meio deste impasse e sem nenhuma previsão de quando terão uma solução.

Os trabalhadores contam que o Instituto nunca os procurou para falar como ficaria a situação deles a partir da posse do prefeito Antonio Elinaldo. No dia 02 de janeiro, em que eles deveriam voltar ao trabalho, foram orientados a ir para casa e aguardar. No dia 27 de janeiro, o prefeito assinou o decreto de intervenção afastando de imediato a gestão da Fundação Professor Raimundo Pinheiro sobre o programa Cidade do Saber.

“De tanto a gente pressionar os diretores do Instituto, no dia 02 de fevereiro, eles mandaram um e-mail pra gente demitindo todo mundo, mandando procurar nossos direitos com o sindicato. Daí pra cá, tá um transtorno, não recebemos janeiro, não vamos receber fevereiro e tá nesse impasse porque o Instituto joga pro sindicato, o sindicato joga pro instituto”, contou uma professora. Ela disse ainda que um dos diretores do Instituto deixou claro que não tem interesse nenhum em resolver o assunto.

“Um diretor do instituto mandou um áudio pro grupo [de WhatsApp] da gente, dizendo que era o sindicato que não queria [resolver] e que eles queriam. Fizemos uma assembleia, botamos um em frente ao outro, e esse mesmo diretor que passou esse áudio disse que o Instituto não tem interesse nenhum em liberar nada. Ou seja, a gente está se sentindo como uma bolinha de ping-pong”, afirmou um funcionário.

O caso já foi encaminhado para o Ministério Público do Trabalho e basta aguardar a decisão. Mas a principal reivindicação dos trabalhadores é que o Instituto libere o Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho (TRCT), para que assim, eles possam sacar o FGTS que já está disponível desde o dia 13 de fevereiro. “Se eles fizessem a liberação do FGTS, não resolveria, mas amenizaria a situação da gente. O que a gente quer de urgente é só isso, a liberação do FGTS e do seguro desemprego. Porque pra dar entrada no seguro desemprego, são 120 dias, nós já fechamos 30. A gente precisa da guia e eles não querem liberar. E se ficar 90 dias, o saldo volta pra conta do FGTS e a gente perde”.

Por conta desse impasse, quem sofre são os funcionários e seus filhos, que dependiam exclusivamente do salário da CDS e estão passando por diversas dificuldades. “Todos nós estamos passando dificuldades. A gente tem um colega que tem uma filha especial, ele tá com dificuldade no tratamento da menina. Tem colega que está morando na casa dos pais, tudo isso porque já vamos completar dois meses sem receber. Tem dois colegas que estão filhos recém nascidos, e ainda tem um porém, eles não pagaram o plano de saúde, muita gente já estava com consultas marcadas, exames marcados e não puderam fazer. Uma colega teve bebê e teve que sair do Santa Helena, colegas com cirurgia marcada pra filha, não pode fazer, eu mesma estava com vários exames pra fazer e não tive nem chance”, lamenta a professora.

Correndo o risco de perder o seguro desemprego e o FGTS e com as carteiras de trabalho sem dar baixa, os ex-funcionários ainda convivem com o descaso dos diretores do Instituto Professor Raimundo Pinheiro. “Hoje a gente passou a manhã toda na Cidade do Saber, esperando pra ver se aparecia alguém pra conversar e não chegou ninguém. Somos pais de família, temos nossas necessidades e estamos há dois meses sem receber nada”.

Com a palavra, o Instituto Professor Raimundo Pinheiro e o SENALBA.

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