Professor de judô é confundido com assaltante de ônibus e tem imagem divulgada

Imagem foi feita na hora em que Juscelino descia do ônibus ao lado do criminoso

Um professor de judô está vivendo um drama. Morador do Alto do Peru, em Salvador, Juscelino Borges se reconheceu em uma foto em que o colocavam como assaltante de ônibus no município de Candeias, região metropolitana de Salvador. Ele conta que quando chegou na cidade, viu uma foto exposta com sua imagem.

— Eu reconheci o cara que me assaltou na foto e não tinha prestado atenção que do lado era eu que estava. Aí meu colega viu a foto e falou: "aí, você também está aqui como assaltante”. Todo mundo ficou surpreso e pensou que era brincadeira. Quando a gente foi olhar, realmente era eu na foto.

A confusão aconteceu em maio, quando Juscelino pegou um ônibus metropolitano, que fazia a linha Madre de Deus-Salvador. Colegas de trabalho e alunos do professor também estavam no coletivo. Segundo Juscelino, o ladrão agiu discretamente, e roubou apenas as pessoas que estavam na parte da frente, entre elas, um aluno dele, que foi obrigado a recolher os pertences das vítimas. Ao desembarcar do veículo, Juscelino disse que o bandido também abandonou o coletivo.

— Quando eu passei, o menino desceu e o ladrão desceu em seguida. Aí minha foto saiu como se eu fosse cúmplice dele.

A imagem foi divulgada na rodoviária do município de Candeias e em diversos espaços públicos da cidade. No cartaz, Juscelino aparece entre outros suspeitos de roubo a coletivos na região metropolitana de Salvador. O professor contou ainda que no dia do assalto acabou sendo roubado pelo mesmo bandido do lado de fora do veículo mas, ainda assim, preferiu não registrar boletim de ocorrência.

Depois da repercussão de ser acusado injustamente, ele ficou assustado e registrou o caso no Gerrc (Grupo Especial de Repressão a Roubo em Coletivo) em Salvador. Segundo o delegado José Neris Araújo,  a polícia não tem dúvidas da inocência de Juscelino. Ele disse que foi feita uma investigação social a respeito da vida do professor, e já ficou claro que ele não tem envolvimento com a criminalidade.