Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Notícias

/

Salvador

/

Mãe de garoto afogado no Dique perdeu outro filho: 'sei como é a dor'

Salvador

Mãe de garoto afogado no Dique perdeu outro filho: 'sei como é a dor'

Por: Sites da Web

Kaíke morreu enquanto brincava com amigos no Dique.

 

Mãe do adolescente Ivo Kaíke Araújo Santos, 12 anos, que morreu afogado no Dique, no final da tarde de domingo (15), a autônoma Jonilda de Araújo, 41 anos, já havia perdido outro filho assassinado há um ano. "Eu não tinha esperança, já havia perdido um filho antes e sei como é a dor, senti na hora que soube do afogamento", disse.

Ela contou que é separada há cinco anos do pai do adolescente, que vive em Salinas, mas que o garoto sempre morou com ela. "Ele era muito grudado, só dormia comigo. Todo mundo do bairro gostava muito dele. Não consegui dormir a noite inteira", contou a mãe do garoto.

Kaíke saiu de casa, na Fazenda Grande do Retiro, sem avisar a mãe que iria tomar banho no Dique. Ela estava trabalhando na hora e o menino estava com a avó.  Jonilda contou que já morou perto do Dique e que desde que o filho era pequeno ela o alertava sobre os riscos de tomar banho no Dique. "Sempre alertei sobre os perigos, porque já vi muita gente morrendo afogado na época que morei aqui", contou. Kaíke estudava no Colégio Estadual Úrsula Catharino, nos Barris.

O primo da vítima, Davi Almeida, 29 anos, contou que os amigos de Kaíke, de 9, 10 e 12 anos, chegaram na casa da família às 18h30 de domingo avisando sobre o afogamento. "Peguei uma moto com minha irmã e cheguei no Dique 19h. Os bombeiros chegaram a aparecer, mas disseram que não mergulhariam porque estava escuro, que começariam as buscas hoje, que o corpo já estaria boiando", informou.

Davi voltou para casa e por volta da meia noite foi de volta para o Dique na esperança de encontrar o corpo do primo. "Voltei na expectativa de o corpo boiar, o que não aconteceu. Só hoje, quando os bombeiros chegaram que encontraram. No terceiro mergulho, um deles subiu com o corpo de Kaíque, por volta de 10h", contou. Um amigo de Kaíke, que estava com ele ontem, foi ao local ajudar nas buscas e contou à mãe da vítima que eles já tinham dado dois mergulhos e os outros três colegas saíram da água e ele disse que daria o último mergulho.

O corpo foi retirado da água por volta das 10h. No entanto, até às 13h50, o Departamento de Polícia Técnica (DPT) não tinha feito a remoção.

Relacionados