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Professor denuncia preconceito de PMs contra alunos de escola pública

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Professor denuncia preconceito de PMs contra alunos de escola pública

Por: Sites da Web

"As falas eram depreciativas, racistas e misóginas: 'short de vagabunda', 'cabelo de traficante', 'volte pra boca, aqui não é seu lugar'", relatou educador, ao citar agressões.

 

Um professor da rede estadual usou a internet para fazer um desabafo contra uma ação da Polícia Militar na escola em que leciona, em Salvador. De acordo com o educador, que atua no Colégio Estadual Vera Lux, no bairro de Nova Brasília, Estrada Velha do Aeroporto, e terá o nome preservado, houve ações reiteradas de truculência e preconceito contra ele e os alunos, na manhã de quarta-feira (16).

Segundo o professor, quando ele chegou para o trabalho, encontrou policiais militares nos corredores e salas de aula da escola "ostentando suas armas e violências gratuitas". Ainda conforme o relato, é a quarta vez que presencia situação semelhante.

O educador afirma ter identificado os homens como pertencentes ao Pelotão Especial da Polícia Militar (Peto), munidos com armas de grande porte. Ele disse também que as abordagens eram realizadas de forma violenta. No texto, o professor disse ainda que a direção da escola requisitou o policiamento porque, na semana passada, três estudantes teriam quebrado nove lâmpadas e "pelo assalto do carro de um professor do noturno (há mais de 15 dias) na frente da escola".

"Desde a segunda-feira (14) que a chamada ronda escolar passou então a não só circunvizinhar a escola, como adentrar corredores e salas portando aquelas armas enormes e oprimindo estudantes em diversas situações", cita o professor. Segundo ele, um dos alunos foi agredido no rosto com três tapas na cara.

Aula interrompida
O professor disse ainda que durante a sua aula, sete policiais armados invadiram a aula que ele ministrava e decretaram que os adolescentes seriam levados para a Delegacia do Adolescente Infrator (DAI). Os PMs ainda teriam revistado as mochilas dos alunos e feito ameaças.

"Filmei toda truculência daqueles senhores em sala, uma verdadeira aula de opressão e de como tratar jovens em permanente suspeição. Um deles me chamou e ordenou que eu apagasse o vídeo. Recusei. Os outros se aproximaram. A conversa nada amistosa, autoritária, pra ser real - eu com piloto na mão e eles com sete metralhadoras/fuzis, desembocou em frases como 'esse professor fuma maconha', 'aqui na escola não pode, mas lá fora a gente troca tiro com vocês'", disse, citando as ameaçadas sofridas.

O outro lado
Em nota, a PM informou que a presença da Polícia Militar no Colégio Estadual Vera Lux ocorreu em função da busca de um suspeito de assalto no bairro, que não foi localizado na unidade escolar. A corporação informou ainda que em relação à denúncia, a Polícia Militar solicita que os denunciantes formalizem o fato na Ouvidoria através do 0800 284 0011 ou do site www.pm.ba.gov.br no link "ouvidoria", ou ainda busquem a Corregedoria da PM, para que seja investigado. "Ressaltamos que os canais preservam a identidade de quem denuncia", diz o comunicado.

Também por nota, a Secretaria da Educação do Estado (SEC) confirmou que a presença da Polícia Militar no colégio ocorreu em função da busca de um suspeito de assalto no bairro, que não foi localizado na unidade escolar.
 

Fonte: Correio*

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