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Agentes de trânsito protestam contra agressões e querem usar arma não letal

Salvador

Agentes de trânsito protestam contra agressões e querem usar arma não letal

Por: Pesquisa Web

Funcionários aguardando para falar com o presidente da Câmara.

Os agentes de trânsito protestam nesta quarta-feira, 2, contra as agressões sofridas pela categoria. De acordo com o presidente da Associação de Servidores de Trânsito de Salvador (Astram), André Camilo, 15 agentes foram agredidos este ano, sendo dois em um período de três dias. Em um dos casos, uma mulher jogou tinta em um servidor após ser multada. Na outra ocorrência, um agente de 64 anos foi espancado quando removia um carro estacionado indevidamente em uma vaga reservada para idosos em um supermercado.

Diante das últimas ocorrências, os trabalhadores tentam pressionar os vereadores a aprovarem o Projeto de Lei nº 368/15, de autoria do presidente da Câmara Leo Prates. O projeto pretende autorizar o uso de porte de armas não letais pela categoria, como spray de pimenta, cacetetes e pistola de eletrochoque.

André Camilo defende que o uso dos equipamentos não vai prejudicar a população. "Não é para agredir a população. Não vamos usar na abordagem. O problema é que a palavra arma é pesada, mas são equipamentos de proteção, que só serão utilizados caso seja necessário e para proteção do agente", explica ele, acrescentando que os agressores precisam saber que o trabalhador tem uma forma de se defender.

O dirigente cita o exemplo de Brasília (DF) e de Boa Vista (RO), onde os agentes de trânsito já usam esses equipamentos. De acordo com ele, a medida levou a uma queda de cerca de 90% nas ocorrências desse tipo de agressão.

Ele  ainda argumenta que os profissionais estão trabalhando com medo. "O agente já sai de casa temeroso, porque a população está tão chateada que quer descontar no profissional. Mas o agente não tem que pagar pelas infrações que o condutor comete. Hoje, ou o servidor trabalha e apanha ou não trabalha para não apanhar, porque só apanha quem está trabalhando (multando as infrações)", reclama.

Como forma de protesto, os profissionais paralisaram a atividade nesta quarta, mantendo 30% do efetivo dos 917 agentes de trânsito. No início da manhã, eles fizeram uma assembleia na sede da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), no Vale dos Barris. Em seguida, eles foram para a frente da Câmara de Vereadores, onde serão atendidos pelo presidente da Casa nesta tarde.

O superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, se reuniu, na manhã desta quarta-feira (02), com a diretoria Associação dos Servidores Transporte Trânsito Município (Astram) a fim de ouvir os pleitos da categoria e estudar medidas que colaborem ainda mais com a segurança dos servidores da autarquia.

Em nota, a Transalvador esclareceu que adota medidas para proteger os agentes de trânsito a serviço da cidade, como um botão de emergência, disponibilizando também apoio jurídico e assistência social em casos de agressão.

Botão de emergência - Desde a implantação do Núcleo de Operação Assistida, em outubro de 2015, os agentes têm à disposição o Botão de Emergência do Agente (BEA), um dispositivo do talonário eletrônico em casos de ameaça, que, ao ser ativado, aciona imediatamente a central da Transalvador e apoio.

O orgão afirmou que a paralisação dos profissionais essa manhã não produziu impactos negativos significantes ao trânsito, uma vez que um percentual mínimo de agentes se manteve em serviço, efetuando atendimento a acidentes e o trânsito foi monitorado por meio do Núcleo de Operação Assistida (NOA) e supervisores de trânsito em campo. Informações do A Tarde*

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