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Pai reconhece no IML corpo de filho desaparecido há 9 dias na Liberdade

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Pai reconhece no IML corpo de filho desaparecido há 9 dias na Liberdade

Por: Pesquisa Web

Valnei prestava serviço para um escritório de advocacia; crime ainda é mistério (Foto: Divulgação)

 

Quase um ano depois, e a dor se repete para uma família do bairro da Liberdade, em Salvador. Desaparecido há nove dias, o corpo do office boy Valnei Lima Santos, 27 anos, foi reconhecido pelos parentes no Instituto Médico Legal (IML), na manhã desta sexta-feira (18). A vítima foi encontrada pela Polícia Técnica na região do Porto Seco Pirajá. Ainda não há informações sobre a causa da morte. Valnei era primo do auxiliar industrial Alexandre de Jesus Silva, 28, morto quando tentou esconder o celular durante um assalto no dia 24 de maio do ano passado.

O pai do Valnei, o segurança Arivaldo Silva Santos, identificou o filho ao ver uma tatuagem no corpo. “Através de umas fotos no computador, ele reconheceu uma tatuagem do filho no braço”, disse o primo de Vanei, Adelmo Santos, um dos familiares que foram nesta sexta ao IML. A família ainda tem poucas informações sobre o que aconteceu, de fato, com o rapaz.

“O que fomos informados é que encontraram ele em Porto Seco Pirajá e mais nada. O pai está sem condições de falar no momento. Apesar do desaparecimento, ele não queria encontrá-lo aqui”, disse o primo.

Desaparecimento

O segurança Arivaldo contou que foi a última pessoa da família que viu o office boy com vida. “Última vez que vi ele foi quinta (da semana passada), quando cheguei do trabalho. Ele tomava banho. Depois, ele saiu e não disse para onde iria. De lá pra cá, nunca mais tive notícias dele”, contou Arivaldo.

Incialmente, o segurança achou que o filho estava na casa de algum amigo, mas só deu conta do desaparecimento na noite do dia seguinte, ao saber que o rapaz não tinha aparecido para trabalhar – Valnei prestava serviço de office boy para um escritório de advocacia.

“Então, comecei a procurar pelos hospitais. Achei que poderia ter passado mal e alguém socorrido, ou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência)”, contou o pai.

Arivaldo já tinha ido no IML anteriormente. “Eles me mostraram pela tela do computador três corpos que foram encontrados sem identificação. Nenhum deles era o meu filho”, disse ele, na ocasião.

O pai de Valnei chegou a prestar queixa do desaparecimento do filho na Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP), vinculada ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A família ainda iria resolver questões burocráticas, antes de definir o dia e local do enterro.

Morte de primo
Em maio de 2017, o auxiliar industrial Alexandre de Jesus Silva, 28, primo do office boy Valnei, morreu depois de ser baleado durante um assalto a ônibus na região do Aquidabã. Ele tentou entregar o celular para o cobrador, na esperança de que o rodoviário escondesse o aparelho para que os bandidos não levassem, mas um dos criminosos percebeu a ação. O crime aconteceu no viaduto em frente ao Sesc.

Na época do crime, a polícia informou que dois homens entraram no coletivo Vista Alegre/Lapa e anunciaram o assalto. Eles começaram a saquear os passageiros que estavam sentados na parte de trás do veículo e seguiram pelo corredor. Alexandre estava em uma das cadeiras que ficam próximas do cobrador e tentou entregar o aparelho, para ser escondido. Foi nesse momento que um dos bandidos percebeu a ação, apontou a arma e disparou contra o auxiliar industrial.

Segundo a delegada do DHPP, Marilene Lima, um dos bandidos não estava armado de verdade. “Apenas um deles tinha uma arma. O outro estava com um simulacro de arma de fogo. Ele deixou o objeto cair na fuga e nós recuperamos. Os bandidos ainda não foram identificados”, contou, na ocasião.

Os tiros atingiram o braço direito e o tórax de Alexandre. Ele caiu no chão do coletivo e morreu antes de receber os primeiros socorros. Informações do Correio*

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