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<b>Fim do ano deverá ter menos empregos temporários em Salvador</b>

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Fim do ano deverá ter menos empregos temporários em Salvador

Por: Sites da Web

Com o comércio apresentando quedas sucessivas nas vendas desde o início de 2015 – o que se traduz em estoques sempre cheios com poucas aquisições –, o fim do ano se aproxima de forma igualmente amarga, com a provável redução dos empregos temporários.

Segundo estima a Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador, a temporada deverá abrir aproximadamente duas mil vagas temporárias para suprir a demanda do varejo – o que representa apenas 50% das contratações feitas no ano passado, quando este montante ficou entre os quatro e cinco mil vagas.

De acordo com o presidente da entidade, Frutos Dias Neto, como ocorre todo ano, as lojas começam a recolher os currículos dos candidatos a vagas temporárias entre o final de setembro e o início de outubro, mas, por conta da crise o processo só deve ser iniciado a partir do final de outubro. As contratações, por outro lado, deverão ser mantidas para a segunda quinzena de novembro.

“Acreditamos que, apesar do número reduzido, já é um ganho no sentido de que gera-se empregos, devido à queda intensa que tivemos no consumo deste ano”, avaliou Frutos Dias. Assim como o número de vagas temporárias, a possibilidade de contratação pós-período festivo também é menor, não ultrapassando mais do que 5 a 10%, dos trabalhadores temporários.

Reconhecendo um cenário difícil, o presidente da CDL Salvador também declarou que, a entidade está trabalhando em um projeto de vendas que deverá ser lançado agora no fim do ano para fomentar o consumo. “Estamos finalizando esse projeto, mas, por hora, não queremos falar detalhes, para evitar gerar grande expectativa para o consumidor”, afirmou ele, cauteloso.

Comércio teve redução de 15 mil postos de trabalho
A queda na receita que têm gerado a redução de mais de 15 mil postos de trabalho no comércio varejista baiano evidenciando o momento crítico para o setor, apontou o Sindicato dos Lojistas de Salvador (Sindilojas). De acordo com o presidente da entidade, Paulo Motta, o esforço que está sendo feito agora, é para preservar aqueles funcionários que foram poupados das demissões.

“Para este ano, dificilmente haverá contratações temporárias, até porque o varejo inteiro está sofrendo. As vendas continuam tímidas, e não há perspectiva alguma de melhora. A insegurança com a economia é muito grande. Com o dinheiro reprimido e juros altos, o consumidor fica cauteloso, e tem medo de fazer novas compras. Assim, não resta muitas opções, a não ser tentar manter os trabalhadores que já estão no estabelecimento”, explicou Mota.

Com a reduzida demanda, o presidente do Sindilojas evita até mesmo fazer uma projeção para o último trimestre de 2015, embora afirme que, este, tradicionalmente é o período de maior consumo do ano. “A única projeção que temos para agora é de uma redução em 5% para o consumo voltado para o Dia das Crianças”, adiantou.

Por conta do momento delicado, Paulo Motta estima que a melhor opção para os próximos meses é tentar renegociar o preço das mercadorias com os fornecedores. “Uma hora o estoque irá acabar, e teremos que reabastecê-los, assim, vamos buscar com os fornecedores a renegociação dos preços, para que possamos também revendê-lo à um valor mais acessível ao consumidor”, adiantou. Baixa dos Sapateiros também terá vagas temporárias reduzidas.

Na região da Baixa dos Sapateiros, que concentra um grande comércio voltado para as classes C, D, e E, o varejo também apresenta dificuldades para deslanchar. “Nosso público é um dos que mais sofre com as conseqüências da crise econômica, por isso é difícil fazer uma boa perspectiva de vendas”, explicou o presidente da Associação de Lojistas da Baixa dos Sapateiros (Albasa), Rui Barbosa.

A região, vizinha ao Centro Histórico, concentra aproximadamente 300 lojas voltadas para vários segmentos, destacando-se moda e eletrodomésticos. Mesmo com um cenário de difícil administração, Barbosa, afirma que o local deverá sim fazer contratações temporárias para o último trimestre, mas adianta que serão em um volume bem menor do que nos anos anteriores.

“Tivemos um grande número de demissões nos últimos meses, que deixou poucos funcionários nos estabelecimentos recentemente. Porém, se anteriormente havia lojas que faziam 5 a 6 contratações, estas agora deverão ofertar no máximo 2 ou 3 vagas temporárias. Contudo, as contratações serão gradativas, e irão ocorrer na medida que a demanda aumente”, completou o presidente da Albasa. 

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