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Delator diz que Wagner facilitou para a Odebrecht no Polo de Camaçari

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Delator diz que Wagner facilitou para a Odebrecht no Polo de Camaçari

...encaminhou e ajudou destravar assuntos de interesse da empreiteira no Polo Petroquímico de Camaçari, e pelo seu bom desempenho, pediu mais dinheiro ..

Por Sites da Web

De acordo com informações do Jornal Hoje e do G1, o executivo Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, relatou ao Ministério Público Federal (MPF)  que Jacques Wagner pediu e recebeu R$ 3 milhões na eleição de 2006 (quando era candidato com apoio de Lula, então presidente do Brasil),  e que quando assumiu o governo da Bahia, encaminhou e ajudou destravar assuntos de interesse da empreiteira no Polo Petroquímico de Camaçari, e pelo seu bom desempenho,  pediu mais dinheiro na campanha de reeleição: levou R$ 7,5 milhões, em 10 parcelas, pagas entre agosto de 2010 e março de 2011.


Melo Filho que é um dos 77 executivos da empreiteira que assinaram acordo de delação premiada com o MPF, disse em  trecho do depoimento, que o ex-governador da Bahia e ex-ministro do governo Dilma Rousseff, Jacques Wagner pediu dinheiro para campanha. Ele afirma que em 2006, “Wagner se reuniu com Marcelo Odebrecht num restaurante de Brasília e pediu ajuda financeira para a campanha ao governo da Bahia e que Marcelo concordou, embora tenha demonstrado incômodo por não acreditar no sucesso da candidatura. Foram pagos R$ 3 milhões de forma oficial e via caixa 2”. Melo Filho se surpreendeu com o sucesso da candidatura.
 

Ainda segundo Melo Filho, o esquema se repetiu na campanha seguinte, mas, pelo bom desempenho, Jacques Wagner pediu mais dinheiro: levou R$ 7,5 milhões, em 10 parcelas, pagas entre agosto de 2010 e março de 2011. O esquema voltou a se repetir em 2014, desta vez na campanha de Rui Costa (PT) para o governo da Bahia, apoiado por Jaques Wagner. Ele disse que não participou desses pagamentos, mas acredita que foram repassados R$ 10 milhões.
 

A empreiteira também deu presentes caros nos aniversários de Jacques Wagner. Em 2012, por exemplo, Jacques Wagner ganhou um relógio de US$ 20 mil. No acordo de delação, há fotos dos relógios.
 

Já de acordo com site Bocão News de Salvador três termas nortearam as movimentações de Wagner logo quando entrou no governo. “Eram eles: (i) créditos de ICMS que estavam pendentes de devolução por parte do Estado desde o início da construção do polo petroquímico de Camaçari; (ii) litígio judicial envolvendo fornecimento de gás para o polo petroquímico e (iii) pagamento das indenizações decorrentes da “cláusula quarta” de acordo coletivo do polo petroquímico que estavam pendentes de 32 julgamento definitivo por parte do STF”.


Delação repleta de inverdades, afirma Wagner

"Trata-se de uma delação repleta de inverdades". A afirmação foi feita pelo ex-governador Jaques Wagner a respeito do depoimento prestado pelo executivo da Odebrecht Claudio Mello Filho. Wagner estranhou o conteúdo e a divulgação de uma delação que nem homologada foi pela autoridade competente, que é o Supremo Tribunal Federal (STF).

Jaques Wagner deixou claro que o relacionamento que teve com Claudio Mello e com qualquer representante de outras empresas sempre foram norteados na defesa dos interesses do estado da Bahia. "Estou absolutamente tranquilo porque não houve qualquer ato ilícito. Vou  defender de forma intransigente o completo esclarecimento dos fatos porque a sociedade tem o direito de conhecer a verdade", concluiu o ex-governador, que atualmente é coordenador executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codes) do Governo do Estado.

 

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