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Foi um choque, diz irmã de espanhol após descoberta de restos mortais em trilha

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Foi um choque, diz irmã de espanhol após descoberta de restos mortais em trilha

Por: Pesquisa Web

Hugo Ferrara desapareceu em dezembro de 2015.

 

A irmã do espanhol Hugo Ferrara, Paola Ferrara, disse nesta sexta-feira (26), que para a família foi um choque saber que restos mortais encontrados na região das trilhas que seguem para a Cachoeira da Fumaça, na Chapada Diamantina, na Bahia, podem ser dele. A descoberta foi feita no dia 11 de maio, após buscas feitas pelo Corpo de Bombeiros na região. A procura por Hugo começou em dezembro de 2015.

Além dos restos mortais, também foi localizada uma mochila, onde haviam documentos e escritos feitos pelo espanhol, que relatam uma queda acidental na região. “Um mês antes do corpo acharam a mochila, que tinha os escritos e isso foi o mais forte. A gente nunca espera uma notícia dessa. Mas quando acharam a mochila foi um choque. Aí recebemos os escritos que tinham na mochila. Achar o corpo também foi um choque. Foi uma surpresa triste, mas esperada”, relata.

Mais de um ano anos depois de buscar o irmão desaparecido, Paola agora convive com a incerteza de quando deverá sair o resultado do exame de DNA sobre os restos mortais, que deve comprovar se são mesmo de Hugo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), não há prazo para que o exame seja entregue pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), por conta da dificuldade da análise do material genético nos restos mortais.

Ela diz ser inexplicável o sentimento de ter um familiar desaparecido. “Só quem passou por isso pode compreender. Para explicar com palavras, é a parte da incerteza, quando tem familiar desaparecido, com situações ambíguas. Quando morre, sabemos que foi para outra vida. Os sentimentos são muito instáveis. Um dia ficamos com esperança e contente para não desistir, e outra de ilusão. Os sentimentos são de angústia e esperança. Agora esperamos que se confirme 100% para fechar esse processo psicologicamente”, conta.

Paola e a mãe, Isabel Tormo, estão em Salvador hospedados com amigos, em dúvida se retornam para a Espanha ou aguardam o resultado do laudo na capital baiana. "Não podemos parar nossa vida por tanto tempo e estamos indecisas", afirma.

Descoberta de corpo
Os restos mortais que podem ser de Hugo foram encontrados entre a Cachoeira da Fumaça e a trilha para a Cachoeira do 21, que fica entre os municípios de Lençóis e Palmeiras. Segundo os bombeiros, as buscas pelo turista foram retomadas depois que um guia local encontrou uma mochila, com pertences que, supostamente, pertenciam ao espanhol. Não há informações sobre quando a mochila foi encontrada.

Através da assessoria da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), o titular da Coordenadoria Regional de Polícia do Interior de Seabra, delegado Rafael Almeida de Oliveira, afirmou que na mochila foram encontrados os documentos do desaparecido, além de um diário contando todo o trajeto percorrido por ele nas trilhas. “Ele relata no caderno que havia sofrido um acidente que o deixou bastante debilitado”, afirmou o delegado. Com informações sobre os passos de Hugo, as equipes do 11º GBM retomaram as buscas

A operação teve o apoio da aeronave do “Programa Bahia sem Fogo - BSF” e contou com uma equipe composta por oito militares formados pelo Curso de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais. Ainda de acordo com os bombeiros, a equipe de busca percorreu as principais trilhas turísticas que ligam até a Cachoeira da Fumaça, além de vales, cânions, cachoeiras e leitos dos principais rios de região.

Desaparecimento
Em julho de 2016, familiares de Hugo Ferrara Tormo pediram a quebra do sigilo telefônico do turista de 27 anos. À época, a irmã do espanhol, Paola Ferrara, afirmou que isso daria certeza se ele saiu ou não do Parque da Chapada Diamantina. Meses antes, em maio, a família já havia oferecido uma recompensa de R$ 15 mil para quem achasse o rapaz ou informasse o paradeiro dele.

A informação do desaparecimento do espanhol foi divulgada pela Polícia Federal no dia 4 de fevereiro de 2016. Segundo a PF, Hugo Ferrara teria desembarcado no município de Seabra, que fica na região da Chapada Diamantina, e, desde então, não havia mantido contato com a família. Ainda de acordo com a Polícia Federal, com base em informações de familiares, o objetivo do jovem era partir de Seabra para Lençóis, cidades afastadas por cerca de 70 quilômetros. A família relatou à Polícia Federal que Hugo Ferrara não tinha costume de ficar sem manter contato por tanto tempo.

Segundo informações do delegado Marcelo Matos Aguiar, titular da delegacia de Seabra, Hugo desapareceu após assinar um livro de guia e seguir uma trilha no Vale do Capão com destino à cidade de Lençóis. Ele estava sozinho e iria encontrar um amigo quando chegasse ao município de Lençóis. G1*

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