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Evolução da população jovem em Salvador e RMS apresenta retração

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Evolução da população jovem em Salvador e RMS apresenta retração

Por: CN com Assessoria de Comunicação

A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulga o resultado da Pesquisa de Emprego e Desemprego no segmento da população jovem na Região Metropolitana de Salvador (PED-RMS). A Pesquisa de Emprego e Desemprego é analisada pela SEI em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a Fundação Seade do Estado de São Paulo, a Secretaria de Trabalho do Estado da Bahia (SETRE), e conta com o apoio do Fundo de Amparo ao Trabalhador do Ministério do Trabalho.

A população jovem da RMS, com idade entre 15 e 29 anos, diminuiu em 7,5% entre os anos de 2010 e 2017. Contrariamente a esse comportamento, a população adulta (formada por pessoas com 30 anos e mais), apresentou tendência ao crescimento, registrando incremento de 27,5% entre esses anos. Tais resultados fizeram com que a População em Idade Ativa (PIA) aumentasse 15,3% no período. Esses movimentos populacionais advêm do processo de transição demográfica na RMS e resultam no envelhecimento da população. A parcela relativa de jovens na PIA, que havia sido de 35,0% em 2010, diminuiu para 29,3%, em 2016, e 28,1% em 2017, enquanto a de adultos cresceu de 65,0% para 70,7% e 71,9%, respectivamente.

A taxa de participação – indicador que estabelece a proporção de pessoas com 15 anos ou mais no mercado de trabalho na condição de ocupadas ou desempregadas –, embora relativamente estável entre 2016 e 2017, apresentou trajetória de descenso no médio prazo, passando de 65,3%, em 2013, para 61,9% em 2017. A taxa de participação dos jovens também decresceu, porém com menor intensidade, ao passar de 67,1% para 64,0% no mesmo período. Além disso, a taxa de participação dos jovens aumentou em 2017 em relação a 2016, quando foi de 62,8%.

Entre os jovens, a tendência à redução da taxa de participação no médio prazo foi observada para todos os subgrupos de idade. As pessoas com 15 a 17 anos, cujas taxas são as menores entre os jovens, foram as que mais intensamente se ausentaram do mundo do trabalho. Em 2013, 22,6% desses jovens estavam no mercado, em 2016 passou a 18,7% e em 2017, 18,2%. Entre os que tinham de 18 a 24 anos, a taxa recuou de 73,1% para 69,5 em 2016 elevando-se em 2017 para 70,5% e, entre os com 25 a 29 anos, ocorreu o mesmo movimento da faixa etária anterior, declínio de 2013 a 2016 e leve aumento em 2017 de 83,6%, 81,1% e 81,6%, respectivamente.

Com exceção do ano de 2012, a população jovem na força de trabalho diminuiu regularmente no período 2010 a 2017. No início da década, em 2011, foi observada redução do contingente jovem na População Economicamente Ativa (-6,1%), a maior do período. A recuperação no ano seguinte foi vigorosa: crescimento de 9,0%, mais que suficiente para repor a perda anterior. Porém, a partir daí a parcela juvenil no mercado de trabalho prosseguiu acumulando redução de 9,5%, ao longo de todo o período.

As informações apuradas pela PED-RMS indicam que apenas cerca de um quarto da população metropolitana jovem, com idade entre 15 e 29 anos, dedicava-se exclusivamente ao estudo. Destaque-se que os maiores percentuais de jovens 'estudantes exclusivos' aconteceram no momento de aprofundamento das dificuldades no mercado de trabalho regional, entre os anos 2014 a 2017. A maior parcela de jovens, portanto, é a dos que estão participando do mercado de trabalho, seja trabalhando, seja buscando uma oportunidade de trabalho remunerado, independentemente de estarem estudando ou não.

Entre os jovens presentes no mercado de trabalho, a maior parcela estava exclusivamente dedicada ao mundo laboral – em exercício profissional ou à procura de ocupação remunerada. Em 2017, 48,7% deles encontravam-se nessa condição, compondo a força de trabalho regional e afastada das rotinas estudantis. O aumento das dificuldades de inserção ocupacional dos últimos anos elevou substancialmente o percentual de jovens que não estudam e, embora estivessem em busca de ocupação, não lograram acesso a um posto de trabalho.

Em 2010 13,1% dos jovens estavam fora das escolas e em busca de trabalho remunerado, em 2017 esse contingente aumentou para 18,8%. Por outro lado, no último ano, 29,9% dos jovens se dedicavam exclusivamente ao trabalho, menor percentual da década de 2010, ano em que os jovens nessa situação correspondiam a 35,9%.

Os jovens que nem estudam e nem estão no mercado de trabalho representaram 11,1% da PIA, em 2017. Esse percentual se manteve relativamente estável em relação a 2010, quando era 10,8%, porém foi inferior ao de 2016, quando foi 12,1%. Contudo, as parcelas desse grupo de jovens que cuidam de afazeres domésticos ou outras atividades pouco se alteraram entre 2010 e 2017: no primeiro caso, foi 4,8% em 2010 e 4,6% em 2017 e, no segundo caso, 6,0% e 6,5%, respectivamente. Trata-se de um contingente expressivo de jovens que deveria ter mais atenção nas políticas públicas.

Observa-se aumento persistente da escolaridade dos jovens, em razão da melhoria do acesso às escolas, crescimento da parcela de jovens com mais idade e da valorização da educação pelas pessoas e famílias. A proporção de jovens com ensino médio completo ou mais aumentou de 51,4% em 2014 para 54,3% da PIA em 2017. Ainda que tenha permanecido relativamente estável em relação a 2010, quando foi 54,6%. Por outro lado, a parcela de jovens com o ensino fundamental incompleto reduziu de 19,8% em 2014 para 14,9% em 2017.

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