Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Notícias

/

Entretenimento

/

Eleitos para a corte do Malê Debalê, rei e rainha falam de sonho e orgulho

Entretenimento

Eleitos para a corte do Malê Debalê, rei e rainha falam de sonho e orgulho

Por: G1

Alex Cruz e Deyse Barreto foram eleitos rei e rainha do Malê (Foto: Henrique Mendes / G1)

 

Com 38 anos de história, o Malê Debalê já está com a corte completa para o carnaval de Salvador. O rei e a rainha foram eleitos em desfile que ocorreu na sede do bloco afro, no bairro de Itapuã. Em entrevista ao G1, na manhã desta quarta-feira (15), os vencedores relataram a relação com a agremiação e o privilégio de representar a população negra na folia baiana.

Dançarina e professora da modalidade, a rainha eleita do Malê tem uma relação histórica com os blocos afro de Salvador. Aos 37 anos, Deyse Barreto já foi eleita a Negra Atitude 2014, rainha do Muzenza em 2015 e princesa do Malê em 2016. "Agora sou rainha do Malê. Venho de um percurso muito grande", destaca. Aos 10 anos de idade, ela já integrava a banda mirim do "mais belo dos belos", Ilê Aiyê.

Coroada rainha, Deyse fala do orgulho de desfilar à frente de um bloco com quase 40 anos de história. “É uma responsabilidade muito grande representar a mulher negra, seu valor e autoestima. "O tema para mim este ano, então, foi magnífico: 'Okê Malê! Sou Sertanejo! Sou Negro Forte”, que está representando os boiadeiros, os vaqueiros, os índios, os negros. Enfim, que responsabilidade", ressaltou. Ela concorreu ao título com outras seis mulheres.

Deyse não estará sozinha na folia. Ao lado dela, o rei eleito Alex Cruz, de 25 anos, também irá representar a força dos caboclos e sertanejos. No terceiro ano de disputa, ela encara o título como um presente. "Esse título para mim não representa somente três anos de luta, mas a realização de um sonho que estar à frente de um bloco com 38 anos luta, de resistência, com história vasta lutando a favor da inclusão e contra a intolerância religiosa", defendeu.

Alex é educador físico, bailarino e professor de dança. Desde 2012, ele é dançarino de alas do Malê Debalê. Depois de dois anos de participação na disputa, diz com orgulho que valeu a pena a persistência. “Dos três anos que concorri, dois não fiquei em colocação nenhuma. Então, foi um pulo e uma vitória muito grande. Foi muito mais emocionante. A insistência vem do amor pelo bloco, da paixão, da vontade e de um sonho que move a gente", contou.

Para o rei do Malê, que concorreu ao título com outros nove candidatos, a corte eleita do bloco afro tem a responsabilidade de "mostrar através da dança a força que o negro tem na Bahia, no Brasil e no mundo. É um orgulho".

 

Relacionados