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Carnaval 2019 vai voltar a ter atrações sem cordas para encher o Campo Grande

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Carnaval 2019 vai voltar a ter atrações sem cordas para encher o Campo Grande

Por: Pesquisa Web

BaianaSystem anima a pipoca no Campo Grande em trio independente na terça de Momo.

 

Terça-feira de Carnaval no circuito do Centro (Osmar). A avenida Sete está cheia. Pipoca do Olodum, do Harmonia do Samba, de Saulo, de Daniela Mercury, além de outras atrações. A estratégia com os trios independentes (sem cordas) era atrair público para o trajeto carnavalesco mais tradicional e que, há anos, foi esvaziado, com a saída de blocos. A prefeitura diz que funcionou e, para 2019, repetirá a dose.

Entre um trio e outro, a distância, no entanto, ainda é grande. Não se compara ao circuito da Barra-Ondina (Dodô), onde os trios desfilam muito próximos e o som de um chega a interferir no do outro. Para 2019, a estratégia da prefeitura é trazer mais "atrações de peso". O secretário municipal de Cultura e Turismo, Claudio Tinoco, diz que ainda é cedo pra falar em nomes, mas que os artistas é que puxam público. Este ano, a prefeitura contratou, exclusivamente, artistas baianos.

"Isto vai depender do diálogo. Vamos conversar com artistas, empresários e produtores. Já tem gente vendendo abadá como a própria Ivete Sangalo", diz. Sem apresentar dados, Tinoco afirma que, este ano, teve mais gente no circuito que vai do Campo Grande à rua Carlos Gomes, passando pela Praça Castro Alves. Ao crescimento, ele atribui as atrações em trios sem corda que arrastam foliões (a pipoca) e a investimentos feitos nos últimos seis anos.

"Essa estratégia era para preencher o espaço de domingo a terça de carnaval, em virtude de ser o circuito mais vulnerável por não ter grandes atrações. Ela teve um papel importantíssimo porque trouxe público mesmo que segmentado como é o caso do que acompanha Alavontê, Xanddy. Tivemos a volta de Daniela Mercury e Claudia Leitte", frisa.

Avaliação
Para o próximo ano, outras novidades poderão ocorrer, mas vai depender de um estudo que o município vai fazer ainda este semestre. Segundo Tinoco, será um estudo "espacial e ocupacional dos três circuitos", o Osmar, o Dodô e o Batatinha (Pelourinho). "Será uma análise física e ocupacional, incluindo as vias de acesso, o adensamento do público e servirá para que possamos tomar decisões", acrescenta. Aliado ao estudo, há, ainda, uma pesquisa qualitativa que já foi realizada e ficará pronta em até 30 dias.

Questionado sobre o poder da prefeitura para determinar, junto ao Conselho Municipal do Carnaval (Comcar), o desfile dos blocos e trios independentes para que não haja esvaziamento, o secretário afirma que existe um regramento que atribui condições para as entidades carnavalescas. "Entre os critérios, está a antiguidade para compor a posição. Tudo é definido em assembleias de setembro a outubro, que é período para as entidades terem certeza que vão sair".

Ele destaca, ainda, que há limites. "Não temos como obrigar o artista a se apresentar sem cordas em um determinado circuito. É feita uma negociação". Já sobre os blocos afros que ainda desfilam no Centro, geralmente à noite, Tinoco diz que a prefeitura investiu "quase R$ 1 milhão" em afros, afoxés e de samba.

Prioridades
Presidente do ComCar, Pedro Costa conta que, no desfile deste ano, as prioridades foram as "grandes atrações em blocos (trios com corda)". A ideia foi ter um trio independente com uma "atração de qualidade" a cada cinco blocos seguidos.

"A cada cinco blocos colocamos um independente de qualidade, com artista notório. Não dá para colocar um Pedro Costa na frente de uma Claudia Leitte. Esse carnaval comprovou que os blocos na avenida só engrandecem porque eles têm as melhores atrações", afirma Costa, em tom de brincadeira se referindo a ele mesmo. O esquema funcionou principalmente no Dodô, onda há concentração de blocos. Já no Osmar, onde poucos blocos ainda desfilam, houve independentes consecutivos.

Questionado se a tática de priorizar os blocos não seria menos democrática, Costa responde negativamente. "Os blocos não podem se misturar com atrações inferiores. É ruim para o público. Não estamos dando exclusividade. Estamos dando qualidade às atrações que tocam no circuito".

Costa afirma que a estratégia para atração de público para o Centro, nos dias mais tradicionais (domingo, segunda e terça) funcionou. Estes três dias sofreram um esvaziamento de blocos que migraram para a Barra. Segundo ele, quinta, sexta e sábado continuam sendo dias fortes com a presença dos blocos de samba, afoxés e afros. Os blocos poderiam retornar para o Osmar? "O Carnaval se auto-regula. Os blocos são uma atividade empresarial. Cada um tem que saber o que fazer para que o resultado ocorra", finaliza Costa. Informações do A Tarde*

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