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Fernando Calmon n&ordm; 1.031 &mdash; 5/2/19

ANIMA&Ccedil;&Atilde;O GERAL

O ano come&ccedil;ou bem para a ind&uacute;stria automobil&iacute;stica. Em janeiro venderam-se quase 200.000 unidades, entre ve&iacute;culos leves e pesados, resultado 10,2% superior ao mesmo m&ecirc;s de 2018. O ritmo di&aacute;rio, em torno de 9.100 emplacamentos, ficou abaixo do patamar instigante de cinco d&iacute;gitos (10.000/dia). Tudo dentro do esperado pela Fenabrave (associa&ccedil;&atilde;o das concession&aacute;rias) para o primeiro m&ecirc;s do ano, quando o consumidor enfrenta despesas extras. Sua previs&atilde;o de crescimento para 2019 &eacute; de 11,2%, quase igual &agrave; da Anfavea, de 11,4%, embora as metodologias de c&aacute;lculo n&atilde;o sejam coincidentes.

Uma not&iacute;cia ruim, do final de 2018. Quatro Estados nordestinos &ndash; Alagoas, Para&iacute;ba, Pernambuco e Sergipe &ndash; decidiram aumentar as al&iacute;quotas do ICMS sobre ve&iacute;culos. Dif&iacute;cil de entender como esse erro se repete. Mais prov&aacute;vel ocorrer um efeito contr&aacute;rio: arrecada&ccedil;&atilde;o cair em vez de aumentar, pois a carga fiscal no Brasil &eacute; a mais elevada do mundo. O comprador se retrai ou simplesmente vai adquirir o carro no Estado vizinho.

Vendas diretas devem recuar um pouco este ano, em favor do varejo, pela facilidade de cr&eacute;dito, juros est&aacute;veis e aumento de confian&ccedil;a dos consumidores. Tend&ecirc;ncia &eacute; de pessoas f&iacute;sicas responderem por 70% da comercializa&ccedil;&atilde;o, estima a entidade.

Por outro lado, a Bright Consulting prev&ecirc; que, pela primeira vez, modelos com c&acirc;mbio autom&aacute;tico representem a maioria das prefer&ecirc;ncias, ou seja, pouco mais de 50%, em 2019. A Coluna lembra que uma das raz&otilde;es &eacute; a forte acelera&ccedil;&atilde;o de vendas para PCD (pessoas com defici&ecirc;ncia). O Governo Federal, no entanto, desconfia de fraudes ou abusos em certos enquadramentos.

Ali&aacute;s, sobre processo de habilita&ccedil;&atilde;o no Brasil de novos motoristas que, se cogita, poder&atilde;o escolher usar c&acirc;mbio manual ou autom&aacute;tico, h&aacute; uma curiosa nova lei na Su&iacute;&ccedil;a, a partir de 1&ordm; de fevereiro. Mesmo quem optar por se habilitar com c&acirc;mbio autom&aacute;tico poder&aacute;, se quiser, dirigir um carro com c&acirc;mbio manual, o que n&atilde;o seria permitido aqui. Na Su&iacute;&ccedil;a, 45% dos modelos novos s&atilde;o autom&aacute;ticos (em 1990, eram 19%) e em alta. At&eacute; na Fran&ccedil;a, mudou: em 1995 eram 3% em 1995; agora, 29%.

Em rela&ccedil;&atilde;o ao mercado de autom&oacute;veis de passageiros usados, a Fenabrave informou: a cada milh&atilde;o de modelos novos vendidos, 4,7 milh&otilde;es de usados mudaram de m&atilde;o no m&ecirc;s passado. Um levantamento da Creditas, plataforma de cr&eacute;dito com garantia online, apontou uma tend&ecirc;ncia em trocar d&iacute;vidas caras por mais baratas: mais da metade dos tomadores de cr&eacute;dito com garantia em 2018 utilizaram o dinheiro para esse fim.

Os juros para financiamento de ve&iacute;culos usados (come&ccedil;am em torno de 22% ao ano) s&atilde;o mais baratos e t&ecirc;m prazos melhores que o cr&eacute;dito pessoal. &ldquo;Isso mostra a educa&ccedil;&atilde;o financeira do brasileiro evoluindo e as pessoas come&ccedil;am a avaliar a qualidade do dinheiro&rdquo;, destaca o CEO e fundador da empresa, Sergio Furio.

Consumidores entre 25 e 35 anos representam 35% dos tomadores de cr&eacute;dito com garantia do ve&iacute;culo. Valores m&eacute;dios v&atilde;o de R$ 5 mil a R$ 10 mil. Os cinco modelos mais refinanci&aacute;veis s&atilde;o Gol, Fiesta, Palio, Fox e Celta.

ALTA RODA

ESPECULA&Ccedil;&Otilde;ES na Alemanha apontam que, at&eacute; 2025, BMW e Mercedes-Benz desenvolveriam em conjunto, pela primeira vez, os sucessores dos atuais modelos compactos, S&eacute;rie 1 e Classe A. Colabora&ccedil;&atilde;o, antes impens&aacute;vel, se estenderia aos carros aut&ocirc;nomos. Faz sentido pelas somas bilion&aacute;rias de novas tecnologias. Parece existir resist&ecirc;ncia de engenheiros dos dois lados...

PNEUS run flat (rodam vazios) estreiam em SUV compacto. Ford EcoSport Titanium 2020 (j&aacute; agora, em fevereiro) pode rodar 80 km, a 80 km/h, mesmo que uma furadeira tenha aberto um orif&iacute;cio de 19 mm na lateral do pneu para teste. Kit inflador acrescenta at&eacute; 200 km em caso de furos comuns. Cada pneu Michelin custa R$ 900, 37% mais caro. H&aacute; ganho de 13 kg, sem estepe e ferramenta, o que pode refletir em pequena economia de combust&iacute;vel.

MAIORES destaques da d&eacute;cima gera&ccedil;&atilde;o do Honda Accord s&atilde;o o espa&ccedil;o interno (2,83 m de entre-eixos) e o trem de for&ccedil;a. Al&eacute;m de respostas vigorosas, o autom&aacute;tico de 10 marchas impressiona: a 120 km/h o motor turbo &ldquo;sussurra&rdquo; a apenas 1.800 rpm. H&aacute; bot&otilde;es no lugar da alavanca de c&acirc;mbio e tela multim&iacute;dia est&aacute; bem posicionada. Pre&ccedil;o elevado atrapalha (R$ 198.500).

C&Oacute;DIGO de Tr&acirc;nsito Brasileiro (CTB) acabou de completar 21 anos. Nasceu com 341 artigos. Segundo o consultor Julyver Ara&uacute;jo, 34 leis e 770 resolu&ccedil;&otilde;es foram acrescentadas. Entre as frustra&ccedil;&otilde;es est&atilde;o ITV (Inspe&ccedil;&atilde;o T&eacute;cnica Veicular) e educa&ccedil;&atilde;o de tr&acirc;nsito, nunca implantadas. A partir de mar&ccedil;o pr&oacute;ximo, haver&aacute; multas para ciclistas e pedestres. Tudo indica, n&atilde;o vai &ldquo;pegar&rdquo;...

ESTUDO da TEx, propriet&aacute;ria de um programa de gest&atilde;o e multic&aacute;lculo para corretoras de seguros, aponta que os pr&ecirc;mios diminu&iacute;ram de pre&ccedil;o em todas as capitais brasileiras entre meados de 2018 e come&ccedil;o deste ano. Foram consideradas mais de 2 milh&otilde;es de cota&ccedil;&otilde;es reais feitas nos &uacute;ltimos 60 dias. A empresa n&atilde;o apontou causas: concorr&ecirc;ncia ou queda de sinistros.

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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

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O ano começou bem para a indústria automobilística. Em janeiro venderam-se quase 200.000 unidades

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