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(Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o)

Apesar das recentes not&iacute;cias sobre a atividade vulc&acirc;nica nas Ilhas Can&aacute;rias, na costa do continente africano, o que colocou todos n&oacute;s, baianos e brasileiros, em estado de alerta, j&aacute; est&aacute; mais do que provado pela ci&ecirc;ncia, que a possibilidade de uma onda gigante chegar ao nosso pa&iacute;s &eacute; pequena.

Na hist&oacute;ria, existe o registro de um acontecimento desses aqui, ap&oacute;s o terremoto e o tsunami varrer Lisboa, capital de Portugal, no dia 1 de novembro de 1755, ou seja, h&aacute; 265 anos. A agita&ccedil;&atilde;o do mar, criada pelo impacto do terremoto, chegou ao Brasil com ondas de 2 a 6 metros de altura. Essas ondas chegaram &agrave; cidade de Tamandar&eacute; a 130km de Recife, capital de Pernambuco, como contam cartas escritas por autoridades, pol&iacute;ticos e moradores, enviadas a Portugal no s&eacute;culo XVIII.

O tema inclusive, gerou um livro escrito pelo especialista no assunto Jos&eacute; Alberto Veloso, com o t&iacute;tulo: Tremeu a Europa e o Brasil Tamb&eacute;m.

Desde a coloniza&ccedil;&atilde;o, registros de pequenos tremores de terra no Nordeste e por todo pa&iacute;s s&atilde;o feitos. Mas um evento natural, com capacidade destrutiva como um tsunami, id&ecirc;ntico ao que varreu Sumatra e Bornel, em 2014, ou causou o acidente da usina nuclear de Fukushima, no Jap&atilde;o, em 2011, nunca foi registrado do lado de c&aacute;.

E esse tsunami, ser&aacute; que chega aqui?

Em entrevista ao site G1, o coordenador do Laborat&oacute;rio Sismol&oacute;gico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Aderson Nascimento, explica que nenhum alerta de tsunami, foi feito ao &oacute;rg&atilde;o.

&ldquo;Essa chance &eacute; muito pequena de acontecer. A gente como &oacute;rg&atilde;o de sismologia, ningu&eacute;m soube de nenhum alerta que foi emitido pelo servi&ccedil;o geol&oacute;gico espanhol ou algum &oacute;rg&atilde;o oficial dizendo que isso est&aacute; acontecendo&rdquo;.

J&aacute; o especialista em oceanos, procurado pela Isto&Eacute;, Carlos Teixeira, professor da Universidade do Cear&aacute; (UFC), explicou que a prepara&ccedil;&atilde;o para um tsunami precisa ser feita com bastante anteced&ecirc;ncia para dar tempo de evacuar toda a popula&ccedil;&atilde;o. &ldquo;&Eacute; alarmismo falar que vai acontecer amanh&atilde;, mas n&atilde;o &eacute; alarmismo a possibilidade da ocorr&ecirc;ncia. Um plano n&atilde;o fica pronto nem em quatro dias (tempo previsto para ocorrer erup&ccedil;&atilde;o no n&iacute;vel de alerta 4) e nem em quatro meses&rdquo;, alerta.

Segundo as informa&ccedil;&otilde;es, dos quatro n&iacute;veis de alerta, o risco est&aacute; no n&iacute;vel 2. E o ocean&oacute;grafo explica que:

&ldquo;Se chegar ao n&iacute;vel 3, a gente tem que evacuar as &aacute;reas pr&oacute;ximas ao vulc&atilde;o. No n&iacute;vel 4, a erup&ccedil;&atilde;o estaria pr&oacute;xima. No momento, n&atilde;o existe risco de tsunami no Brasil, mas &eacute; como a pandemia de coronav&iacute;rus: dez anos atr&aacute;s, houve um alerta de que aconteceria em algum momento. N&atilde;o houve prepara&ccedil;&atilde;o e isso nos pegou de surpresa&rdquo;, explica o cientista. &ldquo;Nunca houve antes atividade vulc&acirc;nica que nos alertasse, mas, hoje em dia, tem. Temos que come&ccedil;ar a abrir os olhos&rdquo;.

Existe a necessidade de o Brasil criar um plano de conting&ecirc;ncia para um desastre natural dessa magnitude. Fato esse que tem sido empurrado com a barriga desde a &eacute;poca do &uacute;nico tsunami que se tem registro na hist&oacute;ria do pa&iacute;s.

O que traz novamente &agrave; tona o pensamento: e se acontecer aqui; o que ser&aacute; de n&oacute;s?

<img alt="" src="/fotos/artigos/94/mg/Lucianoperfil.jpg" style="float:left; height:191px; width:200px" />Luciano Bandeiras 
Jornalista, formado pela UniBahia no ano de 2010, MBA em Marketing e Branding pela UNIFACS e Especialista e Jornalismo Cient&iacute;fico pelo Labjor Unicamp. Atua nas &aacute;reas de comunica&ccedil;&atilde;o institucional, assessoria de comunica&ccedil;&atilde;o e gest&atilde;o estrat&eacute;gica de imagem, e divulga&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica de ci&ecirc;ncia.&nbsp; 
Colabora eventualmente com mat&eacute;rias para sites jornal&iacute;sticos da RMS, Colunista na Sess&atilde;o Mundo Ci&ecirc;ncia do site SC Not&iacute;cias BA, &eacute; tamb&eacute;m gestor da Ag&ecirc;ncia Digital Tapejara Comunica&ccedil;&atilde;o e Marketing.

Artigos

Jornalista escreve sobre possibilidade de tsunami na Bahia

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