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Renda média de quem faz teletrabalho é 2,7 vezes maior, diz IBGE

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Renda média de quem faz teletrabalho é 2,7 vezes maior, diz IBGE

O estudo foi feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por: Camaçari Notícias

(Foto: Pixabay/Banco de imagens)

A renda média das pessoas que fazem teletrabalho pelo menos uma vez por semana é 2,7 vezes maior que a dos demais trabalhadores, mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Teletrabalho e trabalho por meio de plataformas digitais 2022, estudo inédito do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o tema.

Esses trabalhadores receberam R$ 6.479 em média por mês, enquanto a renda dos demais era de R$ 2.398. A diferença entre os dois rendimentos foi R$ 4.081.

A classificação de teletrabalho do IBGE considera as pessoas que pelo menos uma vez por semana trabalham de um local diferente do padrão – pode ser a própria casa, um café ou um coworking, por exemplo – e usam algum tipo de dispositivo eletrônico em sua rotina de trabalho, como computador ou celular, entre outros, ou algum equipamento de TIC (tecnologia da informação e da comunicação).

A análise regional mostra que o rendimento de quem realizou teletrabalho foi maior na Região Centro-Oeste (R$ 7.255) e menor na Nordeste (R$ 4.820). Em todas as regiões, no entanto, os teletrabalhadores obtiveram rendimento médio do trabalho superior ao daqueles que não realizaram teletrabalho.

“Essa diferença de rendimento não indica que seja uma consequência [que quem faz teletrabalho ganha mais que os demais], mas sim que o perfil predominante das pessoas que fazem teletrabalho é o de quem tem mais rendimento. Há uma correlação”, explica o responsável pela pesquisa, Gustavo Geoquinto Fontes.

Entre os fatores que cita para explicar este fenômeno estão ocupações relacionadas a maior nível de escolaridade; empresas inseridas em atividades que pagam maiores remunerações; existência de estrutura para o teletrabalho no próprio domicílio, a qual costuma ser cara e, muitas vezes, não é custeada pela empresa; disponibilidade de acesso e de pagamento para internet de qualidade, entre outros.

Entre as pessoas que realizaram teletrabalho em 2022, quase 70% (69,1%) tinham ensino superior completo, enquanto 26,8% tinham ensino médio completo ou incompleto. Juntos, os dois grupos respondem por 95,9% dos cerca de 7,3 milhões de teletrabalhadores no país. O restante é dividido por ensino fundamental completo e médio incompleto (2,4%) e sem instrução ou com ensino fundamental incompleto (1,7%).

Um dos indicadores da pesquisa é a presença de computador e internet no domicílio. Enquanto dos domicílios do total dos ocupados quase metade (49,6%) tinham acesso a ambos, entre os teletrabalhadores essa proporção era de 91,2%.

Menos de 9% das pessoas em teletrabalho no domicílio não possuíam computador nem acesso à Internet no domicílio. Por outro lado, independentemente de dispor ou não de computador, quase a totalidade desses teletrabalhadores (99,8%) possuíam acesso à Internet no domicílio. Segundo o IBGE, esses números demonstram a importância de tais recursos para esse contingente populacional.

Na análise por faixa etária, há uma predominância dos grupos entre 25 e 39 anos (49,6%) e entre 40 e 59 anos (35,4%), que respondem juntos por 85% dos teletrabalhadores. O restante se divide entre a faixa de 18 a 24 anos (8,8%), 60 anos ou mais (6%) e 14 a 17 anos (0,2%).

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