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<b>Fotógrafo compra câmera de R$ 6 mil pela internet e recebe garrafa d’água</b>

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Fotógrafo compra câmera de R$ 6 mil pela internet e recebe garrafa d’água

Por: G1

Fotógrafo fez postagem em rede social após receber garrafa de água 

 

Um fotógrafo baiano foi surpreendido ao receber na casa onde mora, em Salvador, uma garrafa com água no lugar da câmera fotográfica profissional no valor de R$ 6 mil que havia comprado pela internet há pouco mais de um mês. O caso foi divulgado nas redes sociais na terça-feira (5). Pedro Nunes, de 33 anos, que também é advogado, desconfiou que algo estava errado por causa do volume da caixa e decidiu filmar o momento em que abria a mercadoria. O vídeo foi postado por ele em uma rede social, acompanhado de um desabafo. 

Nota fiscal que chegou para o cliente junto com o produto

"Antes mesmo de abrir a caixa, eu já sabia que não tinha câmera nenhuma. A embalagem era muito pequena e não caberia nem a lente. A máquina é bem pesada e a caixa estava leve. Pensei que fosse um tijolo, como já ocorreu em um caso que vi pela televisão. Estava tudo lacrado, e a nota fiscal veio em nome de outra empresa, acho que a terceirizada responsável pela entrega. Não sei qual procedimento adotaram", disse.

O fotógrafo conta que fez a aquisição da câmera no site da Casas Bahia, no final de novembro do ano passado, durante a Black Friday, campanha de vendas em que empresas do comércio eletrônico e lojas físicas oferecem descontos no valor dos produtos. Após descobrir que tinha recebido uma garrafa, o fotógrafo ainda brincou: "será que pelo menos é uma água de coco?".

"Eu comprei no final de novembro, e o prazo de entrega era até o dia 29 de dezembro, um mês depois. Comprei pela internet porque estava com um preço super em conta, cerca de dois mil reais a menos, e o site é de credibilidade. Mas, além de terem demorado muito para entregar, ainda fui surpreendido com isso", destacou. Pedro disse que entrou em contato com a empresa logo após ter recebido a garrafa com água, mas que ainda não obteve uma resposta sobre a situação. O fotógrafo afirmou que pretende registrar queixa na polícia.

"Eu fiz prints de todos os passos da compra. Assim que recebi a garrafa com água, liguei para eles e me informaram que isso já tinha acontecido outra vez e que era para eu aguardar. Pediram mais seis dias úteis para analisar o caso, mas eu quero receber a máquina, não quero mais esperar. Estou com documentação para registrar a queixa, nesse caso por estelionato. Não creio que foi extravio, porque extravio é quando não chega nada", afirmou.

O G1 entrou com contato com a Casas Bahia, mas foi informado que a responsabilidade pelas vendas realizadas através de e-commerce é da Cnova. Em contato com a empresa, os responsáveis informaram que iriam averiguar os detalhes do envio e buscar uma solução para o caso antes de um pronunciamento. A Cnova ficou de se posicionar sobre o caso ainda nesta quarta-feira.

Fotógrafo diz que comprou câmera no final de novembro 

Ajuda do Procon
O Coordenador Técnico do Procon, Filipe Vieira, conversou com o G1 e deu algumas dicas sobre os cuidados que devem ser tomados no momento de realizar uma compra pela internet. "As compras devem ser feitas sempre em sites conhecidos ou naquele que o consumidor tenha tido uma experiência positiva. É importante também registrar cada etapa da compra e manter os certificados de segurança e antivírus sempre atualizados", disse.

De acordo com Filipe, no caso do consumidor Pedro Nunes, a responsabilidade pelo erro deve ser dividia entre a empresa que fez a venda e a responsável pela entrega. "De acordo com o código do consumidor a responsabilidade é de ordem objetiva, ela abrange todos os que se inseriram na cadeia de consumo. O consumidor confiou no site e nas empresas indicadas e oferecidas por ele", explicou Filipe.

O coordenador técnico finalizou explicando que em casos como o de Pedro é possível recuperar o dinheiro investido pelo consumidor. "Uma vez que o problema não tenha sido solucionado pela empresa, o consumidor pode procurar os órgãos de proteção (Procon, Defensoria Pública e Ministério Público) pedindo cancelamento da compra e devolução de valor, ou a entrega adequada do produto".

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