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CGU analisa caso de diretor do INSS sócio em empresas da área previdenciária

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CGU analisa caso de diretor do INSS sócio em empresas da área previdenciária

A diretoria de Benefícios é responsável pela folha de pagamentos de R$ 1 trilhão por ano do instituto.

Por: Camaçari Notícias

Foto: Reprodução/Portal GOV

Mário Sória, atual diretor substituto interino de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), é sócio de duas empresas que atuam no setor previdenciário: Andaluz Investimentos e Longeve Educação. A situação chama atenção por ele ocupar um dos cargos da autarquia, responsável pela gestão de uma folha anual de R$ 1 trilhão.

Sória assumiu interinamente a diretoria após a operação Sem Desconto, da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), que afastou Vanderlei Barbosa dos Santos em abril. No INSS desde o final de 2023, ele também integra como suplente o Conselho Nacional de Previdência Complementar.

A Andaluz oferece consultoria em previdência complementar e gestão de investimentos, enquanto a Longeve atua em gestão previdenciária, compensação previdenciária (comprev) e planejamento financeiro. Ambas as empresas confirmaram as ligações com Sória, mas negaram a existência de conflito de interesses. Em nota, o INSS reiterou que não identifica qualquer irregularidade, ressaltando que o servidor exerce funções de professor em áreas relacionadas às certificações da atividade.

Segundo a Lei nº 12.813/2013, que trata do conflito de interesses no serviço público, a duplicidade de funções não constitui ilícito automaticamente, desde que não comprometa o interesse coletivo nem influencie o desempenho da função pública. A CGU esclarece que há incompatibilidade quando uma das funções impede a plena execução da outra, especialmente em casos onde informações privilegiadas podem ser usadas indevidamente.

A Andaluz informou que Mário Sória é sócio minoritário e cadastrado como consultor de valores mobiliários na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), além de destacar que não possui contratos ativos com o INSS ou relações comerciais com o órgão. A consultoria também revelou ter encerrado seu último contrato com Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) em janeiro de 2024 e afirmou que administra clientes institucionais com patrimônio de R$ 4 bilhões.

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