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PF investiga uso de funerária para forjar mortes e lavar dinheiro de aposentados

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PF investiga uso de funerária para forjar mortes e lavar dinheiro de aposentados

Associações suspeitas de descontos indevidos no INSS teriam movimentado milhões com empresa que simulava enterros

Por Camaçari Notícias

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A Polícia Federal investiga um esquema de lavagem de dinheiro e falsificação de mortes envolvendo associações de aposentados e uma funerária. De acordo com informações divulgadas pelo portal UOL, a funerária Global Planos Funerários teria sido utilizada para simular enterros de beneficiários do INSS e movimentar recursos desviados por meio de descontos não autorizados.

Entre 2022 e 2024, a Global recebeu R$ 34 milhões da Caixa de Assistência aos Aposentados e Pensionistas (Caap) e R$ 2,3 milhões da Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (Aapen). Ambas as entidades são alvo de investigação por realizar descontos indevidos em contas de aposentados, sem sequer oferecerem serviços funerários.

A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 147,3 milhões da Caap, outros R$ 147,3 milhões da funerária e R$ 202 milhões da Aapen. Segundo a PF, os valores correspondem à simulação de até 8.713 enterros em dois anos — o equivalente a 19 mortes por dia. No entanto, o número de associados permaneceu praticamente inalterado no período.

Parte do dinheiro movimentado pela funerária foi repassado à Clínica Máxima Saúde, que tem ligação com Maria Luzimar Rocha Lopes, tesoureira da Aapen. A clínica recebeu R$ 700 mil em transações consideradas suspeitas. Segundo os investigadores, Maria Luzimar não atuava apenas como laranja no esquema.

As duas associações eram presididas por Cecília Rodrigues Mota, apontada como a principal beneficiária dos desvios, suspeita de usar os recursos para enriquecimento ilícito e pagamento de propina. Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) indicou que a maioria dos aposentados sequer autorizou os descontos. A Global Planos Funerários teve o CNPJ encerrado em abril deste ano, quando foi alvo de operação da PF.

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