BYD confirma pacote de R$ 3 bilhões para fábrica de carros elétricos em Camaçari e promete 10 mil empregos

Durante visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, o governo brasileiro anunciou que o país asiático pretende investir cerca de R$ 27 bilhões em setores estratégicos da economia brasileira. A iniciativa visa ampliar a cooperação entre as duas nações e promover o desenvolvimento de áreas como mobilidade elétrica, energia sustentável, mineração e infraestrutura digital.

Um dos destaques do pacote de investimentos é a instalação de uma fábrica de veículos elétricos da montadora BYD em Camaçari, na Bahia, onde funcionava o antigo polo da Ford. O aporte de R$ 3 bilhões promete gerar mais de 10 mil empregos diretos e indiretos, com uma capacidade estimada de produção de até 300 mil veículos por ano, posicionando o Brasil como um polo de produção e exportação de veículos sustentáveis.

Na área de energia limpa, a Envision Energy anunciou a aplicação de US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 5,6 bilhões) para desenvolver combustível sustentável de aviação a partir da cana-de-açúcar. Já a Windey Energy Technology firmou parceria com o Senai Cimatec para projetos voltados ao armazenamento de energia renovável, consolidando o país como referência na transição energética.

A mineração também entra no radar chinês, com interesse crescente na exploração de minerais estratégicos como lítio, nióbio e terras raras, elementos essenciais para a produção de baterias e tecnologias avançadas. Esses recursos são considerados vitais para o futuro da mobilidade elétrica e da indústria tecnológica global.

Outro ponto relevante é a negociação com a gigante de tecnologia ByteDance, controladora do TikTok, para a instalação de data centers no Porto de Pecém, no Ceará. O investimento estimado gira em torno de R$ 50 bilhões, com o objetivo de ampliar a infraestrutura digital e atrair mais inovação para o país.

As iniciativas estão em sintonia com o programa "Nova Indústria Brasil", lançado pelo governo federal para estimular a neoindustrialização baseada em sustentabilidade e inovação. Com isso, o Brasil reforça sua estratégia de atrair capital estrangeiro para setores com alto potencial de crescimento, geração de emprego e transição verde.

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