"Queremos ser fermento de unidade e fraternidade", declara Papa Leão XIV em sua primeira missa

Diante de cerca de 150 mil fiéis, líderes políticos e religiosos reunidos na Praça de São Pedro, o Papa Leão XIV celebrou neste domingo (17) a missa inaugural de seu pontificado com um forte apelo à unidade da Igreja e à promoção da paz no mundo.

Durante a cerimônia, o novo pontífice se emocionou ao receber os símbolos do papado: o pálio de lã, colocado sobre seus ombros, e o anel do pescador, símbolo da autoridade papal. Em sua primeira volta pela praça no papamóvel, Leão XIV acenou e sorriu para a multidão, mas não fez paradas.

No começo da cerimônia, o Santo Padre lembrou como foram os últimos dias após a morte de seu antecessor. "Após a morte do Papa Francisco, nos sentimos como ovelhas sem pastor, mas tendo recebido sua bênção final no Domingo de Páscoa, e com olhos de fé, esperança e alegria, lembramos como o Senhor nunca abandona Seu povo".

“Fui escolhido sem qualquer mérito e, com temor e tremor, venho até vocês como um irmão que deseja fazer-se servo da fé e da alegria, percorrendo com vocês o caminho do amor de Deus, que nos quer a todos unidos numa única família”, disse. O Papa Leão XIV ressaltou as duas dimensões da missão que Jesus confiou a Pedro: amor e unidade.

Aos fiéis, a quem chamou de irmãos e irmãs, o papa ensejou o que chamou de "primeiro grande desejo": "uma igreja unida, sinal de unidade e comunhão, que se torne fermento para um mundo reconciliado”.

Leão XIV afirmou que hoje vivemos em meio à discórdia, marcada por ódio, violência, preconceitos, medo do diferente e por um modelo econômico que explora a natureza e exclui os mais pobres. "E nós queremos ser, dentro desta massa, um pequeno fermento de unidade, comunhão e fraternidade. Queremos dizer ao mundo, com humildade e alegria: Olhem para Cristo! Aproximem-se Dele! Acolham a sua palavra que ilumina e consola! Escutem a sua proposta de amor para se tornar a sua única família. No único Cristo somos um".

A cerimônia contou com a presença de autoridades de diversos países. O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance — uma das últimas visitas oficiais ao Papa Francisco antes de sua morte — liderou a delegação americana. Representando o Brasil, esteve presente o vice-presidente Geraldo Alckmin. Com informações do Estadão Conteúdo.

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