Governo mira acordos em saúde, meio ambiente e IA no Brics, deixando conflitos globais em segundo plano

Na cúpula do Brics que ocorreu em Brasília entre os dias 6 e 7 de julho, o governo brasileiro priorizou a agenda de cooperação em setores estratégicos — saúde, meio ambiente e inteligência artificial — enquanto as discussões sobre conflitos internacionais foram relegadas a uma posição secundária.

Durante o encontro, o país destacou acordos para reforçar políticas sanitárias, como o intercâmbio de vacinas e melhorias nas estruturas de saúde pública. Paralelamente, houve ênfase em pactos para proteção ambiental, voltados para a preservação de biomas, e também na adoção responsável de tecnologias emergentes como a inteligência artificial, com foco em inovação e governança ética.

Essa estratégia de priorização, segundo fontes diplomáticas, reflete a diplomacia brasileira que busca equacionar a construção de uma governança global mais equitativa e sustentável, colocando temas de cooperação prática acima das narrativas geopolíticas centradas em guerras e controles militares.

O deslocamento de foco — priorizando assuntos como IA, saúde pública e sustentabilidade — insere o Brasil numa posição de protagonismo nos debates do sul global. Ao mesmo tempo, a opção por adiar conversas sobre conflitos reflete uma postura pragmática: buscar resultados concretos no curto prazo em áreas essenciais, antecipando questões políticas mais sensíveis ou polarizadas.

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