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Por: Pesquisa Web
O astro rei brilhou e iluminou os caminhos de Érika Januza. No ar em 'Sol Nascente' como a caiçara Julia, a mineira festeja seus quatro anos de carreira exibindo o poder do amarelo neste ensaio de moda.
— Eu só sigo as tendências do mundo fashion se eu gostar. E não sou muito boa para montar combinações — conta a atriz de 31 anos, que aproveitou algumas dicas da produtora deste editorial: — Hoje, por exemplo, montamos um look com coisas que eu tenho na minha casa! Às vezes, a gente precisa de uma pessoa para dar uma luz. A internet ajuda em tudo agora. Se olho uma foto, tenho inspirações com peças parecidas.
Quando o assunto é maquiagem, no entanto, Érika tira de letra. Não faltam cosméticos na casa da atriz, que aprende vários truques observando os profissionais da área. — Compro muita coisa! Às vezes, o maquiador não tem algo e eu dou a base... Sempre que alguém faz uma maquiagem em mim, eu fico olhando. Se usa um produto que fica bom, eu tiro foto e depois vou atrás nas lojas. Antes, eu fazia a make e nunca dava certo. Aí comecei a me dedicar mais.
A estrada na dramaturgia começou em 2012, com a série “Suburbia”, dirigida por Luiz Fernando Carvalho. O que acreditava ser um teste para uma campanha publicitária acabou se revelando uma porta aberta para a TV. Antes de se aventurar na telinha, Érika trabalhava num escritório.
— A vida inteira meus trabalhos foram administrativos. Quando “Suburbia” aconteceu, eu estava naquele momento “E agora? O que vou fazer?”. Fui passando pelas etapas até chegar a fase de decorar texto e tudo mais — relembra ela, que teve medo de não conseguir memorizar na hora “H”: — Eu entendi que tinha que falar como se a ideia estivesse vindo da minha mente. Era meio que seguir a intuição, né? Não tinha técnica. Agora estou fazendo o curso de cinema da Fátima Toledo. Quando acabar, já vou planejar um próximo! Estou sempre em busca de aprimoramento.
Morando no Rio desde 2014, a mineira é filha única. Ainda adolescente, ela perdeu o pai (Edson), que não chegou a vê-la no ar nas novelas. — Ele chegou a acompanhar a época em que eu passava em concursos de beleza. Meu pai estava sempre presente me apoiando. Penso muito nele. Queria muito que estivesse aqui para poder me ver na TV — sensibiliza-se.
A mãe da atriz, dona Ernestina, por sua vez, adora contar, por onde vai, que a filha está na telinha. —“Você viu milha filha na revista? Ela está na novela!”. Mamãe fala com orgulho! — comemora Érika, que faz sua primeira trama das seis. Na história, sua personagem é apaixonada por Nuno (Pablo Morais), marido de sua irmã, Vanda (Cinara Leal). Na vida real, o coração da bela ainda não tem dono.
— Estou num momento solteira, não estou procurando, mas não estou fechada. Sou muito sonhadora com essa coisa de namorar. Penso em casar de branco na igreja... Tenho vontade de ser mãe também, mas primeiro a gente trabalha com a ideia do casamento (risos).
Hoje, dia em que se celebra a consciência negra, ela também festeja o protagonismo da raça no folhetim. A atriz diz estar satisfeita com a repercussão nas ruas: — Cada espacinho que vamos ocupando é um motivo para se comemorar. Tenho um retorno muito bonito das pessoas no sentido de se sentirem representadas. Na minha infância, eu não tinha tantas pessoas com quem me identificar. Existem meninas que dizem se reconhecerem em mim. Isso significa que estou levando coisas boas.
Apesar do retorno positivo pelo trabalho, Érika relembra que já sofreu com o preconceito no passado. Um de seus relacionamentos foi marcado por um caso de racismo. — Na internet, nunca passei, mas na vida real muitas vezes. Já tive namoros em que não fui aprovada pela família do rapaz por ser negra. Um namorado me alertou antes de me apresentar.
Aí eu fui, né? — lembra-se a mineira: — Já fiquei mal quando era mais nova, mas depois comecei a pensar que o problema é do outro. Eu estou aqui maravilhosa e beijo pra você! A pele tem variações de cores e, infelizmente, a cor mais forte é a que mais sente. Acho que quem estava lá atrás já sofreu muito por mim. Então, bato muito nessa tecla: o problema não está comigo.
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