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Bahia participa de campanha contra tráfico de pessoas; Tatau é padrinho

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Bahia participa de campanha contra tráfico de pessoas; Tatau é padrinho

Por: Secom


Campanha Internacional Coração Azul O governo do estado,por meio da Secretaria de Justiça,Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), realiza, durante todo o mês de julho, na capital e no interior,diversas ações de combate e prevenção ao tráfico de pessoas. Geraldo Luis, Secretário de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social e o cantor Tatau.

 

Das 355 denúncias de tráfico de pessoas registradas em 2014 no Brasil, 54 ocorreram na Bahia. Para evitar este tipo de crime, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) lançou, na manhã desta quarta-feira (8), a campanha Coração Azul.

A ação reafirma o compromisso da Bahia com a Organização das Nações Unidas (ONU), idealizadora internacional da iniciativa. O lançamento foi realizado na sede do Ministério Público do Estado, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, com a participação de autoridades e personalidades, como o cantor e compositor Tatau e o titular da SJDHDS, Geraldo Reis.

Segundo o secretário, diversas atividades começaram a ser desenvolvidas na Bahia com o intuito de chamar a atenção para o tema. “A secretaria [SJDHDS], juntamente com outras instituições, estará promovendo uma série de eventos, palestras, seminários e filmes, enfim, um longo processo de conscientização durante este mês”.

Mobilização

Ainda de acordo com Geraldo Reis, os principais monumentos e prédios públicos da capital e do interior vão receber uma iluminação azul. “O Elevador Lacerda já está na cor azul. É uma forma de simbolizar este processo de conscientização da sociedade, das autoridades, nesta batalha de enfrentamento ao tráfico de pessoas, que não é um crime qualquer, é um dos piores da contemporaneidade”.

A campanha Coração Azul também está em redes sociais como Facebook e Twitter. A cantora Ivete Sangalo é a madrinha nacional da campanha, e Tatau é o padrinho da mobilização na Bahia. Durante o lançamento, Tatau destacou o papel dos pais e responsáveis na prevenção a crimes desta natureza. “É algo muito triste, mas ainda contundente no nosso país. Participam também [da mobilização] outros grandes artistas, usando o seu poder e a sua imagem para esclarecer a população sobre as ações que a gente pode desenvolver para coibir este tipo de crime”.

Como denunciar 

Qualquer denúncia contra o tráfico de pessoas pode ser feita, de forma anônima, pelo disque 100 ou pelo 180. Para coibir este tipo de crime, dar suporte e orientar familiares e vítimas foi criado, em 2011, o Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Netp), da SJDHDS. O Netp dispõe de uma equipe multidisciplinar formada por um bacharel em Direito, assistente social e psicóloga.

O coordenador do núcleo, Admar Fontes Júnior, informa que, entre as ações desenvolvidas pelo Netp, estão palestras em instituições de ensino, seminários e capacitações de agentes de direitos humanos, tanto na capital, quanto no interior. “Também discutimos [o assunto] por meio de rodas de conversas em ONGs, com a população, mostrando a realidade dessa modalidade tão brutal, que é o tráfico de pessoas. Apresentamos ainda a expertise que temos para que as pessoas não caiam neste engodo, que é o tráfico de pessoas”.

Vítimas

A ONU estima que o tráfico humano movimente cerca de US$ 32 bilhões por ano. O crime atinge pessoas de todas as origens e classes sociais. Os homens geralmente são traficados para trabalhos forçados, enquanto as crianças são traficadas para as indústrias de trabalhos têxteis, agricultura e pesca. As mulheres e meninas são tipicamente traficadas para o comércio do sexo – a exemplo da prostituição e outras formas de exploração sexual.

Admar Fontes observou que, apesar da Pesquisa sobre Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes para Fins de Exploração Sexual Comercial (Pestraf) apontar que, no mundo, a maior parte das vítimas tem entre 15 e 25 anos, já foram registrados casos na Bahia de pessoas em outras faixas etárias.

“No núcleo da Bahia, já atendemos pessoas de 43 anos, que foram traficadas para fins de exploração econômica, ou seja, trabalho análogo ao escravo. Ela [a vítima] foi aliciada para trabalhar como doméstica para uma jornada de seis a oito horas e acabou trabalhando de 18 a 19 horas. Recebeu ameaças psicológicas. Foi muito cruel a realidade desta pessoa”, explicou o coordenador.

O Netp funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 18h. Para mais informações sobre os atendimentos realizados no local, os interessados podem ligar para o número (71) 3266-0131 ou procurar a sede do núcleo, localizada na Rua Frei Vicente, nº 10, no Pelourinho.

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