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Por: Sites da Web
Entrevistado do "The Noite" desta quinta-feira, Dr. Rey falou da difícil relação que tinha com o seu pai na infância. "Ele preferia as crianças loiras da família.
Um dos médicos mais ricos do mundo, Robert Rey, o Dr. Hollywood, não teve uma infância fácil. O cirurgião plástico, que recentemente lançou sua autobiografia na Bienal do Rio, disse que apanhava do seu pai quando era criança.
"Ele preferia as crianças loiras da família. Ele me odiava porque eu era feio e sempre me batia. Ele me fazia ficar em um quarto escuro e dizia: 'Você é um perdedor, você não vai ser nada, você nunca vai conquistar nada na vida'", disse Dr. Rey em entrevista ao "The Noite" desta quinta-feira (1).
De acordo com o Dr. Rey, seu pai, um americano que acabou se naturalizando brasileiro, começou a ter um comportamento agressivo quando lutou pelos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.
"Meu pai era um gringo louco. Ele se formou em engenharia, era um gênio, mas aí foi para a Guerra e voltou totalmente enlouquecido. Ele tinha um salário bom, mas gastava todo o dinheiro comprando armas", disse.
Vida difícil nos Estados Unidos
Após sofrer na infância nas mãos do seu pai, Dr. Rey foi adotado por uma família americana de missionários mórmons e foi morar nos Estados Unidos. Formado em Harvard, o apresentador disse que não foi fácil se tornar um médico reconhecido no exterior.
"Eu sou o perdedor com mais sucesso no mundo. Eu fui o último a aprender a ler no colégio. O brasileiro faz um ano de cursinho, não passa em medicina, e perde as esperanças. Gente, eu tentei seis vezes entrar em Harvard até conseguir. Eu cheguei aos Estados Unidos após a morte de Luther King. Eu era proibido de falar português, comer nossos pratos tradicionais. A minha melhor amiga foi a dor. Se eu fosse filhinho de papai, estaria na Cracolândia", concluiu.
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