Após confusão em festa, prefeita diz que irá acionar Justiça contra a banda Parangolé

Assessoria da banda diz que atraso foi informado à produção do evento.

A prefeita do município de Capela (SE), Silvany Mamlak informou, nessa segunda-feira (3), que irá acionar a Justiça contra a Banda Parangolé e o cantor Tony Salles por quebra de contrato e agressão verbal, após uma confusão durante a madrugada do domingo (2), na Festa da Padroeira Nossa Senhora da Purificação.

De acordo com a gestora, um contrato no valor de R$130 mil foi firmado com a banda para realização de um show que deveria durar cerca de uma hora e meia, a partir das 4h da manhã. Parangolé era a principal atração da festa, que, no momento da confusão, reunia cerca de 5 mil pessoas.

"Antes do evento a gente fez um plano de ação com a Secretaria de Segurança Pública, onde os policiais militares só poderiam ficar no evento das 22h às 6h da manhã. Ele chegou na cidade às 5h15. Às 5h25 ele estava subindo ao palco. O show foi de, no máximo 40 minutos. A própria PM já estava na porta do palco para parar a festa", disse Silvany Mamlak.

Vídeos mostram momentos da chegada de Tony Salles ao local do evento, quando ocorreu uma confusão entre o cantor, a prefeita e o marido dela, Cristiano Cavalcante, que também é prefeito na cidade de Ilha das Flores. "Eu apenas disse a ele 'Isso é uma palhaçada. Aqui você não toca mais', num momento de nervosismo. Ele voltou a mim e proferiu palavras de baixo calão, de forma grosseira e deselegante", lembrou.

Logo após, o cantor segue para o palco e é empurrado pelo prefeito. "No momento que ele [o prefeito] empurrou ele [Tony Salles] foi justamente uma forma de me defender, pela forma como ele me agrediu", disse.

O que diz o cantor

Através de nota, a assessoria do cantor Tony Salles e da Banda Parangolé disse que o show aconteceu dentro do previsto e que o atraso de 1h havia sido comunicado com antecedência à produção do evento. "Os momentos que precederam o show foram de ofensas e agressões aos componentes da banda, por parte dos contratantes.

As agressões foram diversas, como as verbais que iniciaram quando os artistas ainda estavam dentro da van e continuaram até o início do show, até as agressões físicas, a exemplo de um copo com bebida atirado no cantor Tony Salles, que reagiu com xingamentos ao agressor visivelmente bêbado e alterado. A Banda Parangolé e Tony seguiram com o planejado, em respeito e gratidão ao público que os seguem e os aguardavam".