Estudo americano aponta que Brasil poderá ter 90 mil mortes por Covid-19

(Foto: Amanda Perobelli/Reuters)

Um centro de pesquisa da faculdade de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, projetou que o Brasil  pode ter cerca de 90 mil mortes em decorrência do novo coronavírus até o mês de agosto. O modelo estatístico do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) tem embasado as políticas de saúde da Casa Branca.

A previsão inicial do IHME para o Brasil é de que haja uma média de 88.305 mil mortes até 4 de agosto, dentro de intervalo que estima mínimo de 30,3 mil mortes e máximo de 193,7 mil. As previsões do Instituto são atualizadas de acordo com a divulgação de novos dados, número de infectados e internados, e também podem ser alteradas por mudanças nas políticas públicas adotadas pelo país.

O cenário brasileiro previsto pelo modelo é bastante dramático. O estudo aponta que o País deve registrar mais de 1 mil mortes por dia entre 17 de junho e 9 de julho, com o pior momento no dia 24 de junho, com 1.024 óbitos. Se confirmadas as projeções, a partir daí, o Brasil ficaria com essa média de mortes diárias até o início de julho, quando a curva começaria a baixar para uma média de mais de 750 óbitos por dia a cada 24 horas, ainda em agosto.

O modelo ainda destaca que o Brasil possui menos unidades de tratamento intensiva (UTIs) do que o necessário para atender todos que precisam e a situação tende a piorar. De acordo com a projeção, em 28 de junho, teremos 11.178 pacientes que necessitarão de leitos de UTI, mas apenas 4.060 estarão à disposição. Somente em agosto o número de leitos ofertados para tratamento intensivo ficaria próximo à demanda.

Medidas de distanciamento social podem reduzir bastante estes números, desde que sejam respeitadas.