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Por: Sites da Web
A greve dos médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) completou dois meses na quinta-feira (5), mas ainda não há previsão de acordo entre o governo e a categoria. O delegado da Associação Nacional dos Médicos Peritos em Salvador, João Eduardo Pereira, informou que os profissionais aguardam uma resposta do Ministério do Planejamento sobre a pauta de reivindicações para que possam marcar nova assembleia. A categoria quer, entre os pontos, a adequação da jornada de trabalho para 30 horas, o ajuste das gratificações e melhorias nas condições de trabalho. Conforme Pereira, a pauta foi entregue ao governo, pela terceira vez, na última reunião de negociação, que ocorreu na do dia 27 de outubro.
"O Ministério do Planejamento estipulou para hoje [dia 5] a data limite para que pudesse dar uma resposta, mas ainda não se posicionou. Eles disseram que iriam estudar quais pontos de reivindicações da pauta seriam atendidos, mas ainda estamos aguardando. Somente depois disso é que iremos marcar assembleia para definir se manteremos ou não a greve", destacou. A greve dos médicos peritos começou no dia 4 de setembro e os trabalhadores mantiveram a mobilização mesmo com o fim da greve dos servidores do INSS, que retornaram ao trabalho no final de setembro.
"A gente continua em estado de greve e sem data para essa assembleia. Mas a demora é toda é por conta deles. Essa pauta já foi enviada ao governo desde o início do ano e é baseada apenas na estruturação da carreira, nem é salarial".
Por conta da paralisação, 350 perícias deixam de ser realizadas diariamente nos postos do INSS de Salvador, segundo Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP). Normalmente, sem a paralisação, 400 a 500 perícias eram realizadas por dia na capital baiana. Apenas 30% dos médicos peritos mantêm as atividades nas agências. Muitas pessoas que precisam de atendimento só conseguem marcar para o próximo ano.
O auxiliar de serviços gerais Antanazildo Rocha dos Santos descobriu um câncer de próstata em julho e desde agosto está afastado do serviço. Ele já reuniu toda documentação necessária para fazer a perícia e receber o auxílio doença pelo INSS. A perícia estava agendada para o dia 26 de outubro, mas, por causa da greve, ele não foi atendido e diz que, agora, está sem dinheiro.
"Quando cheguei lá, eles disseram que o meu nome não estava na lista. E remarcou para o dia 4 de fevereiro de 2016", destacou. Ele afirmou que está precisando do auxílio para pagar a pensão dos sete filhos e comprar remédios. "Eu tenho que pedir emprestado para um e outro R$ 10 ou R$ 20. Minha mãe também ajuda", disse.
Em nota, o Ministério do Planejamento informou que está empenhado em encontrar uma solução que leve ao encerramento da greve dos médicos peritos. O órgão confirmou o recebimento da pauta da categoria e divulgou que a principal reivindicação é a redução da jornada de trabalho, de 40 para 30 horas, sem redução da remuneração (com opção de 20 horas e remuneração proporcional).
Sobre esse ponto, o Ministério informou que sendo estudada e avaliada pela bancada de governo. O órgão disse ainda que nos próximos dias a Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento (SRT/MP) pretende apresentar uma proposta de Termo de Acordo à Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP).
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