Após queixas, Johnson & Johnson suspende venda de talco para bebês

Após quase 38 mil queixas, a Johnson & Johnson vai interromper em todo mundo a venda de pó de talco para bebés em 2023.

De acordo com a CNN Portugal, a farmacêutica norte-americana divulgou uma nota na quinta-feira (11), divulgando que tomou a “decisão comercial” de substituir o talco por amido de milho neste produto infantil, depois de ser alvo de cerca de 38.000 ações judiciais.

As queixas vinculam a utilização a longo prazo do pó de talco ao desenvolvimento de cancro, embora a farmacêutica continue a negar que o produto seja a causa.

As queixas começaram a surgir a partir de 2018, depois de que o pó de talco da marca tinha — com o seu conhecimento — asbeto. Ou seja, um mineral semelhante ao amianto. Os registos internos da farmacêutica mostraram que de 1971 até inícios de 2000, o produto da Johnson & Johnson deu positivo a pequenas quantidades de amianto, refere o “Expresso”.

"A nossa posição sobre a segurança do pó cosmético permanece inalterada. Apoiamos fortemente as décadas de análise científica por médicos especialistas em todo o mundo, confirmando que o pó de talco para bebês, da Johnson, é seguro, não contém asbesto e não causa câncer", disse a farmacêutica. 

A empresa enfrenta outros problemas legais nos EUA e concordou, no início deste ano, em pagar milhões de dólares a vários estados, juntamente com outros grandes distribuidores de medicamentos, assumindo a responsabilidade na crise dos opiáceos.

Siga o CN1 no Google Notícias e tenha acesso aos destaques do dia.