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'Minha vida parou', relata paulista que sofreu da Síndrome de Guillain

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'Minha vida parou', relata paulista que sofreu da Síndrome de Guillain

Por: Sites da Web

“A minha vida parou”. Este é a frase que resume o período de um ano em que o consultor de vendas Rogério Eisinger, de Campinas (SP), levou com a Síndrome de Guillain-Barré. Anteriormente desconhecida pela maioria dos baianos, a doença autoimune, caracterizada inflamação de nervos periféricos e paralisação de membros do corpo, agora aparece em meio à epidemia do zika vírus que assola o estado.

De acordo com dados divulgados até a última sexta-feira (17) pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), foram notificados 101 casos da enfermidade, com 49 confirmações de diagnóstico e uma morte. A doença que agora assusta os baianos atingiu Rogério Eisinger entre 2010 e 2011 e começou logo após uma infecção intestinal. O consultor conta que os primeiros sintomas foram dores pontuais nas pernas. Entretanto, em questão de apenas sete dias, a doença já não permitia mais que ele se sustentasse em pé sozinho. “Comecei com pontadas na perna e frio intenso no corpo. Logo depois, comecei a sentir muitas dores nas pernas, depois elas passaram para as costas. No quarto dia, já estava com a visão do olho esquerdo turva. No quinto dia, minhas pernas estavam fracas, enquanto no sexto eu estava perdendo o paladar.

No sétimo dia, tinha perdido o equilíbrio do corpo inteiro. Quando fui procurar o neurologista, tive que andar carregado, não conseguia me sustentar em pé”, conta Eisinger. Ao chegar ao hospital, um exame atestou que o paulista estava com a Guillain-Barré. A partir daí, começou a saga de um ano de Rogério para se curar da doença.

A paralisia no corpo inteiro durou cerca de seis meses, período em que ele ficou em cima da cama e sua vida parou. A doença também impediu que o paulista exercitasse uma de suas grandes paixões: o sapateado. “Fiquei cinco meses sem mexer o corpo, no sexto já fui ganhando força nos braços, e já lá pelo 10º mês estava conseguindo me movimentar melhor. Só que nesse tempo todo eu tive que me afastar de tudo, não conseguia executar nada”, relata.

O tratamento com a imunoglobulina, espécie de anticorpo injetado no organismo, evitou que a doença chegasse ao seu estágio mais grave, quando ela atinge o sistema respiratório e cardíaco, podendo levar até a morte. Rogério ainda destaca que o fato de ter descoberto a enfermidade cedo foi primordial para que ela não se agravasse a ponto de tornar seu tratamento mais difícil. “Quando eu fui internado, minha respiração já estava comprometida. Se eu tivesse demorado um pouco mais, teria sido mais difícil”, afirma. Já curado, Rogério relata que a doença não deixou nenhuma sequela, que vive normalmente e que voltou ao sapateado "melhor do que antes", como gosta de frisar. “Só meu olho esquerdo ficou um pouco menor que o direito, por conta da paralisia facial. Mas eu venci a Guillain-Barré”, comemora.

 

Informações do site: Bahia Notícias

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