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Epilepsia e hidrocefalia: quando a cirurgia é o melhor caminho?

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Epilepsia e hidrocefalia: quando a cirurgia é o melhor caminho?

O quadro Dica do Especialista, do Camaçari Notícias, abordou nesta edição dois temas importantes na área da neurologia: epilepsia e hidrocefalia.

Por Camaçari Notícias

Quadro "Dica do Especialista", com o neurocirurgião Dr. Adroaldo Rosseti, esclarece dúvidas sobre doenças neurológicas e os avanços no tratamento cirúrgico.

O quadro Dica do Especialista, do Camaçari Notícias, abordou nesta edição dois temas importantes na área da neurologia: epilepsia e hidrocefalia. A proposta foi esclarecer os tipos dessas doenças, os sintomas, os tratamentos disponíveis e quando a cirurgia pode ser necessária. O convidado foi o neurocirurgião Dr. Adroaldo Rosseti, que trouxe explicações detalhadas sobre os dois quadros neurológicos.

Epilepsia: nem sempre tratável com medicamentos

Segundo o médico, “a epilepsia é um problema relativamente comum dentro das doenças neurológicas. Esse problema afeta várias pessoas e isso acaba impactando a qualidade de vida delas”. Ele explica que o cérebro emite ondas cerebrais com padrões específicos, que variam conforme a atividade que estamos realizando — seja trabalhando, lendo ou relaxando.

“As ondas têm características específicas dentro da normalidade. A epilepsia acontece por conta de uma alteração dessas ondas, tornando elas desorganizadas e, depois, ritmadas, seguindo uma frequência específica. Isso acaba se manifestando em uma crise epiléptica”, destaca o especialista.

Ainda de acordo com Dr. Rosseti, a epilepsia pode surgir de diferentes formas: “Alguns pacientes nascem com condições que facilitam o aparecimento da epilepsia, com alguns tipos de doença. Em outras ocasiões, o paciente adquire uma condição que antes não tinha. Porém, essa condição acaba evoluindo e se apresentando como uma crise epiléptica”, explica. Ele acrescenta que algumas doenças, especialmente na infância e adolescência, podem cursar com crises, e até mesmo um tumor cerebral pode ter a convulsão como primeiro sinal em uma pessoa previamente saudável.

Nos casos em que o tratamento medicamentoso não é suficiente, é avaliada a possibilidade de cirurgia, especialmente em pacientes com epilepsia refratária. A indicação depende da realização de exames neurológicos e de imagem que ajudam a identificar a origem das crises.

O neurocirurgião também fez questão de orientar sobre o que fazer ao presenciar uma crise:
“Se uma pessoa tiver uma crise epiléptica do nosso lado, é necessário manter a calma, afastar os objetos próximos e proteger a cabeça da pessoa. Não se deve colocar nada na boca do paciente, pois isso pode machucar e causar sérios problemas. Não tem problema se a pessoa morder a língua; o médico vai cuidar disso depois. É preciso acionar a emergência e, se a crise passar, levar a pessoa ao médico para atendimento."

Hidrocefalia: causas, sintomas e tratamento
A entrevista também abordou a hidrocefalia, condição em que ocorre acúmulo de líquido cefalorraquidiano nos ventrículos cerebrais. Os sintomas variam de acordo com a idade e gravidade do caso, podendo incluir dor de cabeça, alterações cognitivas, dificuldade de locomoção e, nos bebês, aumento do tamanho da cabeça.

O tratamento padrão é a derivação ventricular, um procedimento cirúrgico que permite a drenagem do excesso de líquido, ajudando a reduzir a pressão no cérebro e prevenindo danos neurológicos.

Conscientização e diagnóstico precoce
A entrevista reforça a importância da informação correta e do diagnóstico precoce, que fazem diferença na qualidade de vida e na eficácia dos tratamentos. O Dica do Especialista segue com o compromisso de levar informação útil à população de Camaçari e região, contando com profissionais qualificados para esclarecer temas relevantes para a saúde.

 

Por Igor Santiago

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