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Saúde
"Agora Tem Especialistas" prevê uso de rede pública e privada para reduzir filas por exames, consultas e cirurgias
Por: Camaçari Notícias
Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta sexta-feira (31), no Palácio do Planalto, em Brasília, o programa Agora Tem Especialistas, uma iniciativa do Governo Federal voltada para ampliar o acesso da população a atendimentos especializados no Sistema Único de Saúde (SUS). Em parceria com estados e municípios, o programa pretende usar toda a infraestrutura de saúde do país — tanto pública quanto privada — para desafogar a fila de consultas, exames e cirurgias, agravada desde a pandemia de covid-19.
Com foco em seis áreas prioritárias — oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia — o programa permitirá o credenciamento de clínicas, hospitais filantrópicos e privados para atender pacientes do SUS. A contratação será feita por estados e municípios ou de forma complementar pela Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS (AgSUS) e pelo Grupo Hospitalar Conceição.
“O povo tem pressa, a periferia tem pressa, e as cidades menores também. A doença não espera. Precisamos garantir que o atendimento chegue até quem mais precisa”, afirmou Lula durante o evento. O presidente também destacou o papel do programa Brasil Sorridente e enfatizou a necessidade de garantir autonomia aos cidadãos, especialmente os mais vulneráveis.
A cerimônia contou com participações remotas das ministras Anielle Franco (Igualdade Racial) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), além dos ministros Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Márcio França (Empreendedorismo) e Geraldo Alckmin (vice-presidente e titular da pasta de Desenvolvimento, Indústria e Comércio). Eles participaram da entrega de aceleradores lineares para tratamento oncológico em cinco cidades brasileiras.
Contrapartida e mutirões
Hospitais privados e filantrópicos com dívidas com a União poderão oferecer atendimentos ao SUS como forma de compensação. O mesmo valerá para operadoras de planos de saúde que optarem por ressarcir o SUS prestando serviços.
Mutirões e ampliação de turnos nas unidades de saúde integram a estratégia para otimizar a capacidade já existente. A meta é aumentar em até 30% os atendimentos em policlínicas, ambulatórios, UPAs e salas de cirurgia.
Urgência e desigualdade
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alertou para a gravidade do problema: “A dificuldade no acesso a especialistas é uma obsessão do presidente Lula, e com razão. São milhares de vidas impactadas todos os anos pela demora em diagnósticos e tratamentos”.
De acordo com o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), cerca de 370 mil pessoas morrem por ano no Brasil por doenças não transmissíveis agravadas pela demora no atendimento. Dados do INCA revelam que o custo do tratamento oncológico aumenta 37% quando há atraso no diagnóstico. O desafio é ampliado pela desigual distribuição de médicos especialistas, concentrados nas regiões Sudeste e no setor privado.
Investimentos e ações estruturantes
Até 2026, o Ministério da Saúde pretende adquirir 121 novos aceleradores lineares, consolidando o SUS como a maior rede pública de tratamento oncológico do mundo. Também será criado o Super Centro Brasil para Diagnóstico de Câncer, com emissão inicial de mil laudos diários, integrando serviços de teleconsultoria e telepatologia com apoio do A.C. Camargo Câncer Center e do INCA.
Para chegar a áreas desassistidas, o programa contará com 150 carretas móveis equipadas para consultas, exames e pequenas cirurgias. Mutirões em comunidades remotas e territórios indígenas também estão previstos. Até 6.300 veículos de transporte sanitário serão adquiridos para facilitar o deslocamento de pacientes — cerca de 1,2 milhão de pessoas devem ser beneficiadas por mês.
Telessaúde e comunicação direta com o cidadão
O serviço de telessaúde será ampliado para reduzir em até 30% a fila por atendimento especializado. Editais públicos e privados serão lançados para oferta de telediagnóstico, teleconsultas e teleconsultorias.
O aplicativo Meu SUS Digital também será atualizado para alertar pacientes por mensagem, WhatsApp ou SMS sobre agendamentos e atendimentos, oferecendo mais agilidade e previsibilidade.
Avanços já registrados
Em 2024, o Brasil registrou recorde de cirurgias eletivas no SUS: mais de 14 milhões de procedimentos realizados, um aumento de 36% em relação a 2022. A expansão do Cuidado Integrado no SUS conta com adesão de todos os estados.
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