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Médico: dieta de proteína não causou câncer de fisiculturista

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Médico: dieta de proteína não causou câncer de fisiculturista

Por: Sites da Web

Dean confessou que, na tentativa de “ficar o maior que pudesse”, acabou cedendo à tentação do crescimento rápido oferecido pelos anabolizantes.

 

Um fisiculturista desenvolve câncer no fígado e culpa sua alimentação recheada de proteínas pela doença. A notícia por si só já causaria furor suficiente entre os frequentadores de academias e atletas amadores em geral, já que são eles os maiores adeptos de dietas hiperproteicas. Mas quando o personagem em questão acaba morrendo em decorrência do tumor, aí a confusão aumenta ainda mais. Afinal, será que exagerar no frango e no ovo pode mesmo contribuir para o surgimento de algo assim tão grave?

A dúvida surgiu na terça-feira (21) por conta do caso do personal trainer Dean Wharmby, que perdeu a batalha contra o câncer no último final de semana, aos 39 anos. Ao longo de todo o tratamento, desde a descoberta da doença em 2010, ele dizia acreditar que o alto consumo diário de proteínas teria sido seu grande vilão. No entanto, Dean também confessou que, na tentativa de “ficar o maior que pudesse”, acabou cedendo à tentação do crescimento rápido oferecido pelos anabolizantes, consumindo as substâncias ilegais por décadas seguidas.

Para a nutricionista Érika F. Zago, membro da International Society of Sports Nutrition e ligada a uma das maiores marcas de suplementos nutricionais brasileiras, foi justamente este o erro do fisiculturista. Segundo ela, o único risco da ingestão de proteína além do nível recomendado é o aumento do peso. - Não há relatos de casos assim na literatura médica, isso está sempre associado ao consumo de anabolizantes. Quando é somente a proteína, mesmo que em quantidades acima do que a pessoa está habituada a ingerir, é algo praticamente impossível de acontecer. No máximo, o indivíduo vai engordar. Mas, no caso dele, o problema deve ter sido os esteroides.

Para aqueles que buscam ganhar massa magra – ou seja, músculos -, o cálculo clássico que mostra o quanto de proteína se deve ingerir diariamente é simples: basta multiplicar cada kg de peso por 1,8. Desta forma, alguém que pese 70 kg deve consumir 126 gramas.
Para se ter uma ideia, dentro do prato favorito dos praticantes de academia, há os ovos, oferecendo cada um 4 gramas de proteína, e também os filés de frango, contendo 30 gramas de proteína cada.

Além destes, produtos como leite, feijão, brócolis e amêndoas também são ricos em cadeias de aminoácidos, responsáveis pela construção dos músculos, e devem ser consumidos, conforme esclarece a nutricionista Érika, junto com os outros grupos alimentares, como os carboidratos, por exemplo.

- Para se obter mais massa magra, é preciso aumentar o consumo total de alimentos, em uma dieta balanceada. A necessidade de proteína está relacionada à quantidade de massa magra. Uma pessoa que treina bastante, por exemplo, terá uma necessidade proteica maior do que a de alguém sedentário. Bons aliados neste sentido são os suplementos alimentares feitos com a proteína do soro do leite – o famoso whey protein. De acordo com Érika, o maior benefício desta alternativa é a praticidade. Enquanto uma refeição demora para ser feita e consumida, o suplemento já vem praticamente pronto, e pode ser consumido logo após o fim do treino.

- Suplementos são bons especialmente pela sua velocidade de absorção. Quanto mais cedo o atleta reparar o músculo que foi trabalhado, maior vai ser o ganho de massa muscular, e menor o índice de dor. É a chamada janela de oportunidade. E antes que se pense que proteína em forma de suplemento é a mesma coisa que anabolizantes, é importante esclarecer que se trata de substâncias completamente diferentes. Enquanto a primeira é extraída de alimentos e criada para complementar a dieta, a segunda é ilegal e produzida a partir de hormônios, na tentativa de se conseguir maior força na hora de malhar.

- Os suplementos são substâncias altamente seguras. A legislação brasileira é muito rigorosa, e a empresa tem que atingir um nível de qualidade muito alto para poder continuar no mercado. A grande maioria das matérias-primas é importada, o que significa que temos a mesma qualidade dos suplementos importados. O risco de se ter uma substância dopante ou tóxica na formulação é praticamente zero. R7*

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