Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Notícias

/

Saúde

/

Cientistas criam teste de urina para detectar câncer no pâncreas

Saúde

Cientistas criam teste de urina para detectar câncer no pâncreas

Por Sites da Web

 

Das 1.500 proteínas encontradas nas amostras de urina, observou-se que três.

 

Cientistas desenvolveram um teste de urina que pode antecipar substancialmente o diagnóstico do câncer de pâncreas. Em estudo publicado nesta segunda-feira na revista científica “Clinical Cancer Research”, a equipe dá conta de uma proteína que se apresenta em níveis mais elevados nas pessoas com a doença. A novidade foi considerada um avanço "muito necessário" por instituições que se dedicam a combater o câncer.

Atualmente, a maioria dos casos de câncer no pâncreas só é identificada em estágio avançado. Muito por conta disso, apenas 3% dos pacientes não sobrevivem além de cinco anos após o diagnóstico. Mais de 80% das pessoas com a doença são diagnosticadas quando o tumor já se espalhou, o que torna ineficaz a cirurgia para a remoção do problema.

“Os pacientes são frequentemente diagnosticados quando o câncer está em estágio terminal, mas se for diagnosticado no estágio 2, a taxa de sobrevivência é de 20%, e na fase 1, a taxa de sobrevivência para pacientes com tumores muito pequenos pode aumentar para até 60%”, explica Nick Lemoine, coautor do estudo e professor do Instituto do Câncer Barts, no Reino Unido.

No Brasil, esse tumor é responsável por 4% das mortes por câncer, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Raro antes dos 30 anos de idade, torna-se mais comum a partir dos 60 anos. As pessoas com o maior risco são aquelas com histórico familiar de câncer, fumantes, obesos e indivíduos diabéticos com mais de 50 anos.

A pesquisa, que envolveu cientistas britânicos e espanhóis, analisou cerca de 500 amostras de urina. Pouco menos de 200 pacientes estavam com com câncer pancreático, 92 tinha pancreatite crônica e 87 voluntários estavam saudáveis.

O restante das amostras de pacientes estavam com condições benignas e cancerosas no fígado e na vesícula biliar. Das 1.500 proteínas encontradas nas amostras de urina, observou-se que três - LYVE1, REG1A e TFF1 - estavam em níveis muito mais elevados nos pacientes com câncer pancreático, proporcionando uma “assinatura” com cerca de 90% de exatidão que poderia identificar a forma mais comum da doença. Já os pacientes com pancreatite crônica mostraram níveis mais baixos das três proteínas.

Relacionados

VER TODOS