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Saúde
Por: Sites da Web
As pesquisas envolveram 320 homens que tinham entre 18 e 45 anos e estavam em relações monogâmicas estáveis.
Apesar da camisinha, quase todos os métodos contraceptivos dependem do uso contínuo ou da organização das mulheres: seja o DIU, a tabelinha, a pílula diária ou a do dia seguinte. Pensando nisso, há oito anos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) encomendou uma pesquisa sobre o que seria o anticoncepcional injetável masculino. Se a demora para se pensar em um método químico para os homens já gerou polêmica, o resultado de tal estudo está sendo ainda mais criticado.
A principal conclusão da pesquisa é de que, apesar da eficiência de 96% – compatível com a da pílula anticoncepcional feminina – a "pílula masculina" ainda não poderá ser liberada para o mercado, pois seus efeitos colaterais seriam muito severos nos usuários. A questão polêmica é que, assim como a eficiência, os efeitos colaterais também são semelhantes aos que as mulheres enfrentam há anos, desde que a pílula diária foi liberada para elas.
As informações são de um artigo publicado semana passada no Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism e de uma publicação de quinta-feira (3) no site de notícias NPR. Entre os efeitos registrados estão variações bruscas na libido, maior tendência à depressão, dores no local da aplicação, acne e alterações de humor. Sintomas esses bastante semelhantes aos que as mulheres enfrentam na chamada Tensão Pré-Menstrual (TPM).
O estudo envolveu 320 homens que tinham entre 18 e 45 anos e estavam em relações monogâmicas estáveis. A injeção, que consiste em hormônios que inibem a produção de espermatozóides, foi aplicada nos voluntários a cada dois meses.
Vinte dos voluntários deixaram o experimento dizendo não suportar os efeitos colaterais. Dos 266 homens que completaram o estudo, quatro engravidaram as suas parceiras e oito tiveram dificuldades para retomar a produção normal de espermatozóides até 52 semanas após interromper o uso do método contraceptivo. Se o anticoncepcional já estivesse disponível no mercado, 75% dos voluntários afirmaram que adotariam a prática.
Polêmica
Durante o estudo, no entanto, muitos dos voluntários reclamaram do aparecimento de acne. Além disso, 3% deles reportaram alterações de humor e outros 3% desenvolveram quadros de depressão. Um deles tentou cometer suicídio. A partir disso, em 2011, o estudo foi interrompido com antecedência, pois os órgãos fiscalizadores acreditaram que tratava-se de um risco à saúde dos voluntários, afirma o artigo. Quando divulgada a interrupção das pesquisas e o motivo dela, uma série de mulheres se revoltou, dizendo que tais sintomas são semelhantes aos sentidos por elas.
"Entre 20% e 30% das mulheres que tomam pílulas anticoncepcionais sofrem de depressão e têm que tomar medicação para isso. Esse estudo foi interrompido após apenas 3% dos homens relatarem sintomas do problema. É chocante”, afirmou Elisabeth Lloyd, professora da Universidade de Indiana (EUA) que não tinha envolvimento com o estudo, à rede americana CNN. "Os riscos de dano à fertilidade não são fatais como os que as mulheres encaram com seus métodos de controle de natalidade."
Segundo Audie Cornish, cientista envolvida no estudo e entrevistada pela NPR, a análise que contrapõe riscos e benefícios é diferente no caso dos homens. Isso porque, quando uma mulher usa um contraceptivo, ela aceita viver com os sintomas causados por ele, para evitar os sintomas e a responsabilidade de uma gravidez, que podem ser ainda mais incômodos. Enquanto isso, se um homem é saudável, uma gravidez não fará nenhuma alteração no seu organismo. Talvez na sua rotina, se o filho for assumido. Logo, fazê-los aceitar alterações biológicas é muito mais difícil.
"As pessoas estavam muito otimistas sobre o assunto. É uma decepção. Pelo que conversei com os responsáveis pelo estudo, a ideia de um contraceptivo masculino ainda não foi descartada. Eles vão alterar as doses de hormônios ou talvez transformar a injeção em um gel, a ser aplicado sobre a pele", afirma Audie. O prazo para novidades a respeito do anticoncepcional masculino, que espera-se que não seja de mais oito anos, ainda não foi definido.
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