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Entenda o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade

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Entenda o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade

Por: Sites da Web

Ao longo da semana passada todos puderam ver as imagens de um segurança de uma escola americana algemando pelas costas um menino de 8 anos com TDAH, porque “não parava quieto”. As imagens chocaram. Por várias razões. Tanto pela agressividade injustificada do ato em si, mas também pela demonstração explícita da mais elevada ignorância.

O segurança energúmeno extrapolou todos os limites do conhecimento científico. Trabalhando em uma escola, com crianças pequenas, isso é absolutamente injustificável. Veja como é fácil entender.

Alguém poderia imaginar um segurança algemando uma criança com crise de asma e dizendo para ela simplesmente “parar de chiar”? Como se as algemas tivessem o poder mágico de interferir na constituição genética das pessoas!!!

Simples assim. O TDAH tem uma forte predisposição genética. Isso significa que não há ainda um único gene responsabilizado como causa. Estudos demonstram que muito certamente vários genes podem estar envolvidos, associados a condições ambientais multifatoriais. Familiares de portadores são de 2 a 10 vezes mais acometidos que a população geral.

Fato é que estes genes determinam uma alteração na liberação e captação de neurotransmissores (principalmente noradrenalina e dopamina) na região frontal e suas conexões com o cérebro, transtornando as informações entre as células nervosas, que são os neurônios.

Resultado: os comandos de inibição de comportamentos impulsivos ficam prejudicados. Por isso as crianças “não param quietas” e perdem sua capacidade de prestar atenção, de autocontrole, de memória, de planejamento e de organização. 

Algemas “curam” a liberação geneticamente determinada de neurotransmissores? Óbvio que não. Alguém que avise urgentemente isso ao segurança.

Existe tratamento? Sim. E é muito eficaz. Principalmente quando executado por todos os que cercam as crianças com TDAH. Isso quer dizer pais, amigos, familiares, educadores e quem não é nada disso mas está próximo a uma criança portadora, como um segurança de escola, por exemplo.

A ignorância pode ser a pior e a mais letal arma de agressão. 

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