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Brasil vai receber 100 milhões de novas doses da Pfizer

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Brasil vai receber 100 milhões de novas doses da Pfizer

Contrato foi assinado em Salvador.

Por Pesquisa Web

Ministro assinou acordo com a CEO da Pfizer no Brasil ao lado de outras autoridades (Foto: Betto Jr./Secom)

O Brasil vai receber 100 milhões de doses da vacina Pfizer contra a covid-19, em 2022. O acordo para compra do imunizante foi assinado, nesta segunda-feira (29), durante um evento no Hospital Martagão Gesteira, no bairro do Tororó, em Salvador. A preocupação com a nova variante, batizada de Ômicron, também fez parte das conversas.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou a importância de se proteger contra um vírus que já matou mais de 650 mil pessoas somente no Brasil, e disse que escolheu Salvador para assinar o contrato pela importância histórica do município que sediou a primeira universidade de medicina do país.

“A principal resposta é a vacinação, então, esse contrato assinado hoje com a farmacêutica Pfizer é a forma cabal da programação do Ministério da Saúde para enfrentar, não só essa variante Ômicron, mas também as outras”, disse.

Sobre a nova variante e as medidas de proteção nos aeroportos para evitar contaminação em massa, Queiroga contou que está trabalhando “com as questões de passageiros que veem de outros países”, e disse que uma nova variante pode surgir em qualquer lugar.

“O cuidado da vigilância em saúde é o mesmo que vem sendo adotado desde o início da pandemia. A ciência ainda não nos deu todas as respostas sobre a variante Ômicron. Ela é uma variante de preocupação, mas não de desespero porque nós temos um sistema de saúde capaz de dar uma resposta no caso dessa variante ter uma letalidade maior [que as atuais]”, afirmou.

O acordo assinado nesta segunda-feira determina a compra de 100 milhões de doses da Pfizer e prevê também a possibilidade de aumentar em mais 50 milhões a quantidade de vacinas entregues em 2022. A presidente da Pfizer Brasil, Marta Díez, disse que a empresa está honrada em poder continuar a parceria com o governo brasileiro e lembrou que a cidade de Salvador foi uma das que participou dos testes para a produção da vacina, com 1,5 mil voluntários.

“Com a celebração desse novo contrato reforçamos nosso compromisso com o país na luta contra a pandemia, ao mesmo tempo em que reafirmamos o nosso objetivo de empregar nossos recursos, científicos e produtivos, nessa nobre missão em prol da saúde da população brasileira”, disse.

A CEO também frisou a importância dos imunizantes. “Durante séculos as vacinas salvaram milhões de vidas e mudaram o curso da história, com vacinação em larga escala muitas doenças comuns deixaram de ser um problema de saúde pública. Estamos esperançosos de que o mesmo ocorrerá com a covid-19”, afirmou.

Ela parabenizou o Brasil pelo avanço na taxa de vacinação. Já o prefeito Bruno Reis destacou os números da imunização em Salvador e disse que a cidade tem 91% de vacinados com a primeira dose e 81% com a segunda dose.

“Este ato de hoje, com a confirmação de mais 150 milhões de doses, é um recado claro de que o problema não é mais a falta de vacina. Salvador conseguiu se diferenciar no Brasil no enfrentamento à pandemia. O fato de o ministro vir assinar este contrato aqui mostra que o problema não está mais na falta de imunizantes. Precisamos avançar ainda na vacinação”, declarou.

Pouco antes do evento começar, a titular interina da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), Tereza Paim, também reforçou a necessidade da vacinação e disse que o aparecimento de novas variantes da doença era esperado. Ela descartou que a Bahia esteja no início de uma nova onda, mas frisou que a população precisa se proteger.  

“Pessoas vacinadas têm casos mais leves de covid e a letalidade na Bahia caiu nesse último período. O que a gente vem conversando é sobre a importância da testagem, do uso de mascara, da lavagem das mãos e da não aglomeração, além do incentivo a vacinação. Novos casos e novas cepas já eram previsíveis. O que a gente vem trabalhando é com mecanismo de defesa para que a população não seja atingida”, afirmou.

Ela frisou que o novo decreto estadual que exige comprovação de vacinação para ter acesso a órgãos públicos e ao transporte intermunicipal é uma ferramenta usada para combater os casos de surto, como tem acontecido em hospitais. O evento contou a participação do Ministro da Cidadania, João Roma, do presidente da Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil, Carlos Emanuel Melo, de parlamentares e médicos.

Hospital 
O evento aconteceu no Hospital Martagão Gesteira porque o governo federal aproveitou para anunciar o aumento no repasse de recursos para a unidade de R$ 70 mil para R$ 170 mil. O presidente da Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil, Carlos Emanuel Melo, responsável pelo hospital, agradeceu.

“O que o Ministério fez foi diminuir o déficit que o Martagão tem todos os meses. Nós recebemos um incentivo por sermos 100% SUS e esse incentivo era de R$ 70 mil e agora vai ser de R$ 170 mil. Isso diminui o nosso prejuízo mensal”, afirmou.

Durante o evento, o prefeito Bruno Reis se comprometeu a assinar um convênio de repasse do Fundo Municipal de Saúde para o Martagão. O recurso será usado em um programa de transplantes hepáticos, uma novidade para a rede pública em toda a Bahia.

“É um recurso de R$ 1,5 milhão que é suficiente para realizar pelo menos 20 transplantes, mas se nós realizarmos 20 transplantes ao longo de um ano e meio isso é tempo suficiente para ganharmos volumes cirúrgicos para diminuir o custo e perpetuar o programa. É como se fosse uma incubadora do programa”, afirmou.

Ele contou que a Bahia não realiza transplantes hepáticos em crianças, o que obriga famílias a se deslocarem com os pacientes para outros estados em busca de atendimento. Atualmente, o hospital já tem uma equipe capacitada para fazer esse procedimento. Falta apenas o recurso.

“Não existe na Bahia esse tipo de transplante em crianças. A última vez que fiz o levantamento eram 47 crianças aguardando para fazer um transplante. E não é um procedimento que precisa de um cadáver, ele é feito inter vivos. Geralmente, o pai ou a mãe se submete a um pequeno procedimento para retirar um pedacinho do fígado e implanta na criança, ou seja, é algo que dá para fazer continuamente”, afirmou. A informação é do Jornal Correio*

 

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