Bahia lidera escolarização de adolescentes, mas ainda não atinge metas do PNE

A Bahia alcançou, entre 2023 e 2024, a maior taxa de escolarização entre adolescentes de 15 a 17 anos no país, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta sexta-feira (13) pelo IBGE. O estado atingiu 95,9% de frequência escolar nessa faixa etária, representando cerca de 662 mil estudantes — um crescimento de 6,6% em relação ao ano anterior, o maior avanço absoluto entre as unidades da federação.

Com esse desempenho, a Bahia passou da 6ª para a 1ª posição no ranking nacional, superando estados como São Paulo, Rio de Janeiro e o Distrito Federal. A média nacional em 2024 foi de 93,4%, frente aos 91,9% registrados em 2023.

Apesar do avanço, o estado ainda enfrenta desafios em relação à escolarização adequada à idade. Apenas 72,2% dos adolescentes baianos de 15 a 17 anos cursavam o Ensino Médio em 2024, etapa correspondente à faixa etária. Isso significa que cerca de 164 mil jovens estavam em atraso escolar. A taxa ajustada de frequência líquida da Bahia foi a 18ª entre os 27 estados, ficando abaixo da meta de 85% estabelecida pelo Plano Nacional de Educação (PNE).

O crescimento da escolarização também se estendeu a outras faixas etárias. Entre crianças de 0 a 3 anos, a taxa passou de 34,7% para 35,7%, e entre jovens de 18 a 24 anos, subiu de 29,9% para 32,4%. Já na faixa de 4 a 5 anos houve leve recuo, de 95,2% para 94,8%, enquanto a taxa de 6 a 14 anos permaneceu em 99,5%.

Mesmo com os avanços, nenhuma das metas de escolarização do PNE foi plenamente atingida no estado. O plano, instituído em 2014, previa a universalização da educação nas faixas de 4 a 17 anos, além de metas específicas para a educação infantil e o ensino superior, com prazo de cumprimento até 2024.

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