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Educação

Estudantes de Camaçari debatem sobre negritude, educação e cidadania

Por: CN com Assessoria de Comunicação

Como parte da programação do Novembro Negro nas escolas, marcado pelo Dia da Consciência Negra (20), o Colégio Estadual de Monte Gordo, no distrito de Camaçari (31 km de Salvador) promoveu, nesta quarta-feira (16), um debate sobre ‘Negritude, Educação e Cidadania’. O objetivo é fomentar reflexões sobre questões como preconceito e racismo, contribuindo para o fortalecimento da identidade étnico-racial dos estudantes.

A atividade contou com a participação do professor Crisângelo da Conceição, militante do Coletivo Quilombo. Ele destaca o papel da escola na promoção da igualdade. “A escola representa um importante veículo de transformação social, é um grande palco onde os seus atores se realizam coletiva e solidariamente. Percebi a garra dos estudantes do Colégio Estadual de Monte Gordo em transformar a sua realidade. Eles me pareceram aguerridos na construção de uma nova realidade para que o negro não seja abordado, julgado e sentenciado de morte por causa do racismo em uma sociedade em que o genocídio da população negra só aumenta”, acredita.

Para a diretora do Colégio Estadual Monte Gordo, Lícia Maria Andrade, a grande contribuição que estas discussões trazem é o sentimento de pertença para os estudantes. “A escola, como um dispositivo de transformação da realidade, convida os seus estudantes a buscarem conhecimento e, assim, se conscientizarem sobre a sua identidade negra, bem como se qualificarem para ingressar na universidade e voltarem para a sua comunidade como profissionais para difundir conhecimentos”, afirma.   

Atento à palestra, o estudante Alex Willian Costa, 16 anos, 2º ano, conta que sente “na pele” o preconceito racial e que a discussão sobre o assunto e outros ligados a questões sociais é importante para se adquirir conhecimentos e ter uma nova visão de mundo, principalmente no que se refere aos direitos humanos. “Estou adorando a palestra porque tem um caráter motivacional, trazendo reflexões sobre racismo e homofobia, que são temas muito presentes no nosso dia a dia”.

A colega Elen Oliveira, 16, 1º ano, se mostra preocupada com a persistência do racismo no mundo contemporâneo. “Quem é negro, como eu, sabe que existe uma diferenciação de tratamento, pela sociedade, quando se trata de uma pessoa branca ou uma negra. Existe uma discriminação de cor e a gente tem que abrir o olho, se conscientizar sobre a nossa identidade, se posicionar. Estou achando importantíssima esta palestra para que todos se conscientizem sobre seus direitos”.

 

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