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Em meio à crise, UFBA tenta chegar aos 70 anos

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Em meio à crise, UFBA tenta chegar aos 70 anos

Por: Pesquisa Web

A Universidade Federal da Bahia comemora em 2016, os 70 anos de criada, enquanto universidade, tendo formado grande número de profissionais que atuam na Bahia e no Brasil. Durante esses anos, a instituição vem assumindo o compromisso social de garantir um ensino público, gratuito e de qualidade, por meio do tripé acadêmico de ensino, pesquisa e extensão.

Atualmente em greve, juntamente com cerca de 40 outras universidades de todo o país, em defesa da educação pública e, segundo os organizadores, é por isso que foi escolhido o slogan “UFBA: Se tenta chegar aos setenta” para identificar a programação de eventos que pontuarão o calendário de celebrações, atos e discussões sobre o futuro de alunos, professores e funcionários.  

A Faculdade de Educação, como parte das atividades da greve da UFBA, mobiliza-se para provocar o início dos festejos desta data especial, e promove, hoje, sábado, dia 15 de agosto, das 13 às 17 horas, o segundo ato dos Diálogos Culturais, com um conjunto de atividades acadêmicas, lúdicas, artísticas e de difusão do conhecimento.” Estas atividades se constituem em atos de resistência sensível e se justificam pelo fato de que a universidade vem sofrendo grandes ataques representados pelos cortes de verbas, pelos ajustes fiscais, pela precarização do trabalho docente e dos trabalhadores terceirizados”, diz Nelson Pretto, professor da faculdade.   

Serão dois grandes espaços artístico-culturais, um destinado aos adultos, em formato de festival de múltiplas linguagens (música, poesia, performances, dança, malabares, exposições), e, outro, o Sarau Infantil: “Toda Criança é um Poema”, destinado às crianças. A professora Cilene Canda, uma das coordenadoras do evento, explica que “o palco estará aberto para todos aqueles que desejarem compartilhar experiências estéticas e culturais, com a montagem de um varal de poemas que poderão ser manuseados e lidos livremente por qualquer participante”.

Poetas, contadores de histórias, músicos, palhaços, artistas de uma forma geral e todas as almas dançantes estão sendo convidados para esta festa de com-partilhamento de ideias, experiências, vínculos e aprendizados mútuos. Será na Praça das Artes, no campus universitário de Ondina (em frente à Biblioteca Central da UFBA). Entrada franca e não é necessário fazer inscrição.

O Sarau Infantil, segundo a professora Leila Soares, “surge do desejo de propiciarmos espaços vivos de diversão, afeto, interações e brincadeiras. Será montada uma estrutura com brinquedos, oficinas, contação de histórias, recital de poemas, pinturas, brincadeiras e divertimentos”. As atividades, segundo organizadores, marcam o posicionamento ético-político contrário à redução da maioridade penal e ao sucateamento da educação pública brasileira, defendendo que toda criança precisa de espaços/tempos/atividades brincantes, sensíveis e afetivas.

Através da assessoria de Comunicação, a UFBA informa que o aniversário de 70 anos, que ocorre no dia 2 de julho de 2016, será comemorado com uma grande participação da instituição no desfile da independência da Bahia. “Um grupo de trabalho discute o calendário de eventos, mas podemos adiantar que vai ter um Congresso e está sendo formulada uma programação especial”, adianta Marco Antônio Queiroz.

O professor Cleverson Suzart, que integra o comando de greve, que já dura mais de 70 dias, diz que “apesar da crise, temos motivos para comemorar porque a universidade está acima de tudo. É um lugar de produção de conhecimento, ensino, pesquisa e extensão e, acima de tudo, de representação e de atuação política. Como professor neste momento de greve me sinto feliz por estar lutando por uma universidade pública e indignado com um governo que corta R$ 9, 2 bilhões da educação”.

“Eu já acho que estamos mal e não temos motivos nenhum para comemorações. Se não temos as condições básicas para estudar, se falta água, luz, segurança, infraestrutura adequada para atender aos alunos, não vejo o por que de celebrações”, comenta, como que resumindo o pensamento da classe estudantil da UFBA, Gabriela Rocha Carneiro, do curso de Arquitetura.

Primeira universidade federal da Bahia começou em 1808
Historicamente a Universidade Federal da Bahia tem seu começo em 18 de fevereiro de 1808, quando o Príncipe Regente Dom João VI institui a Escola de Cirurgia da Bahia, primeiro curso universitário do Brasil. Ainda no século XIX, incorporou os cursos de Farmácia (1832) e Odontologia (1864), a Academia de Belas Artes (1877), Direito (1891) e Politécnica (1896). No século XX, Isaías Alves cria a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (1941).

O primeiro reitor da Universidade foi destaque na trajetória do ensino superior. Nasceu em Salvador, em 1894, diplomado em medicina e fez especialização em cirurgia em São Paulo. Ao retornar, ingressou na cátedra de Patologia e Cirurgia e dirigiu a Faculdade de Medicina.

Durante 15 anos de reitorado (1946-1961), liderou o processo de federalização e implantou a infra-estrutura física e de pessoal, escrevendo o primeiro capítulo de uma universidade integrada: Artes, Letras, Humanidades e Ciências. Logo no primeiro ano de reitorado a Universidade da Bahia, constitui-se, formalmente. Em 1950, passa a Universidade Federal da Bahia, integrando as escolas isoladas e instituindo outros cursos. Em quinze anos sob o reitorado de Edgard Santos, a UFBA floresceu nas áreas de artes, humanidades e saúde.

Para a Bahia, Edgard Santos trouxe nomes do cenário internacional; construiu o Hospital Universitário; criou o Centro de Estudos Afro-Orientais e os campi do Canela, Federação e Ondina. Em seu reitorado, a Bahia ganhou projeção, com destaque para Dança, Música e Teatro, primeiros cursos universitários do gênero no país. A UFBA alicerça, na década de 1960, dois importantes fenômenos da cultura contemporânea: o Cinema Novo e o Tropicalismo. A Instituição cresceu e modernizou-se, mantendo a identidade do período Edgard Santos.

Mudanças preocupam entidades
Preocupadas com as alterações, anunciadas pelo Governo do Estado, para o Plano de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais (Planserv) e já inseridas num projeto de lei a ser encaminhado, ainda esta semana, à Assembleia Legislativa, a Associação dos Funcionários Públicos do Estado da Bahia (Afpeb) e a Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab) estão convocando os servidores para uma reunião ontem, na sede da Afpeb, localizada na rua Carlos Gomes, 95.

O reajuste, que vai de 3 a 78% para quase metade dos 186.429 beneficiários, a limitação da idade dos dependentes para 24 anos, e o aumento de 10% na contribuição dos cônjuges, estão entre as mudanças que mais desagradaram às entidades.

“O valor do Plano Especial também sofrerá aumento”, lembrou o presidente da Afpeb, Armando Campos Oliveira, ao ressaltar que “os representantes titulares e suplentes da categoria no Conselho do Planserv já confirmaram presença na reunião.

Criado em 1988, quando da extinção do Instituto de Assistência e Previdência Social do Estado da Bahia (Iapseb), o Planserv é gerido pela Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb), por meio da Coordenação da Assistência à Saúde do Servidor.  Informações do Tribuna da Bahia*

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