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O conceito futurista da Ford dos anos 60 com motores intercambiáveis e navegador GPS

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O conceito futurista da Ford dos anos 60 com motores intercambiáveis e navegador GPS

O Seattle-ite XXI foi idealizado e apresentado pela marca como “carro dos sonhos” na Feira Mundial de Seattle, nos EUA, em 1962

Por: CN com Assessoria de Comunicação

Foto: Divulgação

Muitos avanços da indústria automotiva nasceram dos carros-conceito, exercícios futuristas em que os projetistas podem soltar a imaginação e abrir caminho para a inovação. O Seattle-ite XXI, apresentado pela Ford como “carro dos sonhos” na Feira Mundial de Seattle, nos EUA, em 1962, é um exemplo típico.

Numa época analógica, em que a comunicação era feita com telefones discados e os brasileiros puderam assistir pela primeira vez aos jogos da Copa do Mundo na TV – com alguns dias de atraso –, o veículo antecipou os sistemas modernos de navegação por GPS.

Em vez de botões e mostradores, o painel arrojado do Seattle-ite XXI trazia “uma tela central com dados de desempenho do motor, da pista, das condições do tempo e outras informações que poderiam ser projetadas rápida e automaticamente”, dizia o comunicado da empresa na época.

O recurso principal dessa tela era um “computador programador de viagem, com um mapa de ruas que rolava automaticamente com o avanço do carro para o motorista ver rapidamente a sua posição. O tempo estimado de viagem até o destino seria calculado automaticamente e constantemente visível”.

O protótipo criado em escala 3/8 pelo Estúdio de Design Avançado da Ford em Dearborn, EUA, previa também teto de vidro de densidade variável para controle da luz. Outras propostas disruptivas do Seattle-ite XXI não foram levadas adiante, como as rodas dianteiras duplas e os motores intercambiáveis, incluindo células de combustível ou propulsor nuclear compacto.

O arranjo com quatro rodas dianteiras esterçáveis foi idealizado para que o carro pudesse trocar de motor com facilidade e ter várias opções de estilo para o compartimento dos passageiros. “O motorista poderia usar um motor econômico de, digamos, 60 hp para percursos curtos, e rapidamente converter para um motor de mais de 400 hp para viagens longas em alta velocidade”, explicou Gene Bordinat, vice-presidente e diretor de Estilo da Ford na época.

O interior é igualmente fora do comum, com bancos fixos integrados à estrutura do carro, piso ajustável para o posicionamento dos pedais e direção substituída por hastes tipo manche. O veículo tinha também separação entre a cabine e a célula do motor para a redução de ruído e janelas estilo veneziana para melhorar a ventilação.

Esse modelo é uma das curiosidades que podem ser encontradas no arquivo histórico de imagens da marca, o Ford Heritage Vault, aberto para consulta dos pesquisadores e do público no https://fordheritagevault.com/.

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