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Estatais ampliam verbas de patrocínio e quase triplicam gastos em 2024 no governo Lula
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Com salto de mais de 250% em relação a 2023, estatais como Petrobras, Correios e Banco do Brasil justificam patrocínios como estratégia de visibilidade e desenvolvimento
Por Camaçari Notícias
Foto: Ricardo Stuckert / PR
As seis maiores estatais do Brasil quase triplicaram os valores destinados a contratos de patrocínio em 2024, durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Juntas, Petrobras, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Correios e BNDES assinaram acordos que somam R$ 977,6 milhões neste ano. Os dados são da Folha de S.Paulo e têm como base os portais de transparência das próprias estatais.
O aumento é expressivo: em 2023, os contratos somaram R$ 351,5 milhões, em valores corrigidos pela inflação. Isso representa um salto de mais de 250% de um ano para o outro. Em comparação com o último ano do governo Jair Bolsonaro, a diferença é ainda mais marcante.
O maior crescimento percentual foi registrado nos Correios. A estatal saltou de R$ 3,5 milhões em patrocínios em 2023 para R$ 33,8 milhões neste ano — um crescimento de quase 900%. Em 2022, no fim da gestão Bolsonaro, o montante era de apenas R$ 300 mil. Segundo os Correios, os valores quase nulos de anos anteriores foram reflexo da tentativa de privatização da empresa. Agora, a estatal afirma que busca recuperar espaço diante de concorrentes que mantiveram investimentos em publicidade e marketing.
Em termos absolutos, a Petrobras lidera o ranking de crescimento. Os patrocínios da petroleira passaram de R$ 50,5 milhões, em 2023, para R$ 335 milhões em 2024. Os valores se referem exclusivamente à área de comunicação e não incluem ações voltadas à responsabilidade social. A estatal defende que os investimentos seguem critérios estratégicos e são parte de uma política de fortalecimento institucional, não apenas despesas de visibilidade.
Outras estatais, como o Banco do Nordeste, também ampliaram a presença de patrocínios, inclusive em estados fora de sua área tradicional de atuação, como Minas Gerais e Espírito Santo. A instituição afirma que essas ações têm caráter institucional e visam atrair investimentos e consolidar parcerias.
O Banco do Brasil e a Caixa Econômica também justificam o crescimento das verbas como parte de um planejamento estratégico voltado ao fortalecimento de suas marcas. O Banco do Brasil afirma seguir “as melhores práticas de mercado” e a Caixa diz que respeita os limites legais em todos os contratos.
Já o BNDES declarou que o aumento é reflexo da retomada de seu protagonismo como agente de desenvolvimento econômico e social, reforçando que os contratos seguem critérios técnicos e previstos em normas legais.
Apesar da autonomia das estatais na definição de estratégias de patrocínio, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo federal afirmou que supervisiona a instância responsável por validar os contratos firmados por empresas públicas.
Nos bastidores, fontes ouvidas pela Folha relatam que políticos com influência no governo costumam intermediar solicitações para a liberação de patrocínios, principalmente em eventos regionais. Ainda assim, as estatais rechaçam interferência política direta e criticam a gestão anterior por ter paralisado investimentos estratégicos nesse setor.
O aumento das verbas de patrocínio reacende o debate sobre o papel das estatais na promoção cultural, esportiva e institucional do país, e sobre até onde devem ir os limites entre autonomia, transparência e responsabilidade no uso de recursos públicos.
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