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Política
Por: Camaçari Notícias
CRÔNICASDA CIDADE
2016 / 77- ANO V
J. R. MÔNACO
Bacharel emDireito. Consultorpolitico.
Testemunha ocular da história.
“A RESSACADA CAMPANHA”
“A eleição é uma pergunta, quantomais vezes se fizer mas se testará asatisfação ou insatisfação do eleitor.
Ulisses Guimarães
Fortes emoções viveram os candidatos a prefeito, vice, vereadores e correligionários nas eleições2016 em Camaçari, naturalmente essas vicissitudes tomaram conta dos amantes da politica provocando apreensões. A campanha considerada a mais regular dos últimos anos, trouxe inovações e restrições, embora o dinheiro tenha sumido, deixando ao final muita gente endividada e com o bolso vazio. Pra quem se elegeu menos mal, para os infortunados perdedores lamentações. Consolo. “A persistência realiza o impossível e consola os sonhadores”. (Pensador).
FINAL DAS ELEIÇÕES 2016
A eleição findou-se com o 2º turno em cinquenta e sete cidades brasileiras, incluindo-se 18 capitais de 20 estados, como vimos, eleições tranquilas mantiveram a velha tradição. Cessaram os boatos, as previsões, especulações e fofocas. Os carros de som da propaganda politica silenciaram após 45 dias de barulho e desassossego. Musicas difíceis de engolir, caminhadas ao sol do meio dia torrando o juízo de carecas e cabeludos, a batalha dos santinhos e bandeiras espalhados pelas ruas da cidade, contracenavam com a euforia dos que acreditavam na vitória dos seus candidatos.
Apoeira vai baixando ao ritmo da esperança. O prefeito e vice, eleitos, respaldados por 73.994 votos obtidos nas eleições provaram o peso das lideranças e da força do povo, embora não deva se ignorar os 44.318 votos do “homem da linha do trem” que sem dúvidas esquentou ainda mais a refrega. O desejo de ser prefeito pela quarta vez ficou na pretensão.
Méritos à coragem e disposição da advogada Jailce(PcdoB) candidata do prefeito ( 2.725 votos) e do Nilton da Resistencia (PSOL) desconhecido nas hostes politicas (514 votos). Esses por sua vez, sem dúvidas, deram a sua contribuição democrática, sem contudo, em momento algum, ameaçarem a viradado jogo. Camaçari tem hoje 158.125 eleitores, votaram 121.551 para prefeito; admite-se não terem comparecido às urnas 36.574 eleitores, abstenção altíssima.
CORRIGINDO DISTORÇÕES
Após a vitória do 25 tingido pela onda azul, a cidade comemorou como se tivesse ganho uma “Copa do Mundo”. Nascia a oportunidade de corrigir as distorções. Camaçari a partir de janeiro vindouro por certo viverá novos dias, o povo aguarda com ansiedade as diretrizes que irão nortear os atos e acabeça dos novos dirigentes.
Desta forma, curtindo a ressaca de campanha, as urnas não foram solidárias com os vereadores Otaviano Maia (PT), Otto da Farmácia (PSB), Wilton de Ferrinho (PMN)), Professora Patrícia(PT), não conseguiram se reeleger embora tivessem sido bem votados, não se sabe o que contribuiu para o desenlace. Fica a pergunta no ar!
Em que pese o recorde de quatrocentos e cinco (405) candidatos a vereador, filiados a trinta e quatro siglas partidárias, assessorado por uma dezena de coligações, alguns partidos, por não se coligarem, deixaram de alcançar o cociente eleitoral não obtendo assimuma vaga para vereador, a Câmara de Camaçari pouco se renovou. Das dezenove cadeiras atuais, treze edis se reelegeram e cumprirão mandato por quatro anos, até 2020.
OS NOVOS DEFENSORES DO POVO
As vinte e umas cadeiras serão ocupadas a partir de 1º de janeiro por oito novos vereadores Binho do 2 de Julho (PcdoB), Vaninho de Monte Gordo (DEM), Flavio filho do ex-vereador Matos(DEM), Dílson Magalhães JR.(PEN), irá ocupar a vaga deixada pelo seu pai Dílson Magalhães, o líder comunitário do Bairro Verdes Horizontes, Jamelão (DEM) e Dentinho(PT) militante de sindicato.
Duas surpresas: as eleições do cabeleireiro Walter de Jesus Araújo o Val Estilo (PPS), Adalto dos Santos (PSD) que apesar de menos votados do que algumas feras da politica, pouco conhecidos, foram beneficiados pelo voto de legenda, incongruências da legislação eleitoral.
Foram reeleitos os atuais vereadores Oziel (PSDB), Falcão(DEM), Junior Borges(DEM),Jackson (PT), Zé do Pão( PTB),Téo Ribeiro(PT), Marcelino (PT),Pastor Neilton(PSB), Gilvan(PR), Elias Natan (PR), Sessé Abreu (PSDB), O Bispo Jair(PRB) foi o candidato a vereador mais votado com 2.365 votos, brilhou mais uma vez a Igreja Universal. Adalto dos Santos obteve 817 votos sendo o menos votado entre os eleitos.
Apesar de cento e vinte (120) candidatas a vereadora inscritas, nenhuma conseguiu se eleger ficando a Câmara sem representante do sexo feminino. O DEM teve o melhor desempenho elegendo seis vereadores, vindo em seguida o PT com quatro cadeiras. Dezesseis candidatos a vereador tiveram zero votos, não votaram neles próprios.
O CLIMA DE RESSACA
Voltando à “vaca fria”. Após as eleições passou a existir o clima de ressaca de campanha. Daí, ocorrerem dúvidas a serem tiradas a limpo pelo eleitor; se votou certo, o que ocasionou a derrota, despreparo, condição financeira, poucos recursos, cabos eleitorais enganadores (trairas) ou mesmo impopularidade para conduzir a jornada.
Ademais, o candidato durante a campanha responde a diversos questionamentos e pós campanha começam os pedidos de emprego, principalmente na Câmara e Prefeitura onde sempre cabe mais um.
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Na ressaca da campanha uma das maiores dores de cabeça do candidato, partidos políticos e coligações é o fantasma da prestação de contas. Todos os recursos em dinheiro gastos ou não devem ser prestadas contas, sob pena de responsabilidade e contas rejeitadas tornando o pretendente inelegível na próxima eleição como aconteceu com o vereador João da Galinha vítima da desinformação.
Um novo cenário se manifesta mudando o comportamento do eleitor da agua para o vinho. O ambiente que se forma após a divulgação dos resultadosé diferente da pré - eleição. Antes do voto é possível o convencimento, depois do voto o arrependimento.
Um abraço e até a próxima oportunidade.
J.R. Mônaco
[email protected]
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