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Governo tenta garantir 200 deputados fiéis para evitar impeachment de Dilma

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Governo tenta garantir 200 deputados fiéis para evitar impeachment de Dilma

Por: Sites da Web

O núcleo palaciano do governo e o PT estão convencidos de que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) vai instalar um processo de impeachment contra Dilma Rousseff. E sabe que, com as denúncias da Operação Lava Jato, ficará cada vez mais difícil recompor a base aliada. Para isso, já trabalha, a partir desta semana, para manter uma “retaguarda mínima” de 200 deputados fiéis, que impeçam o avanço da tentativa de tirar a presidente do cargo. As informações são da coluna Painel, da Folha de São Paulo.

No domingo (9), após a reunião da presidenta Dilma Rousseff com a coordenação política do seu governo, o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Edinho Silva disse que o sentimento é de unidade na base do governo. Segundo o ministro, a reunião serviu para avaliar o cenário político do país e a condução da base diante do cenário de dificuldades na economia e problemas enfrentados na articulação da base no Congresso Nacional. “O sentimento majoritário é de unidade [política], vontade política para que a base se consolide o mais rápido possível”, disse Edinho Silva.

Na semana passada, durante a volta do recesso parlamentar, o Congresso retomou seus trabalhos com dificuldades entre o governo e parte da base aliada na votação de projetos que aumentam os gastos públicos, as chamadas pautas-bomba.

Primeiro round
O primeiro round da batalha foi a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) 443/09 que vincula o salário da Advocacia-Geral da União (AGU), dos procuradores estaduais e municipais e dos delegados das Polícias Civil e Federal à remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O governo queria adiar a votação, para costurar um acordo com os líderes partidários e tentar construir uma alternativa à PEC que, segundo ele, prejudicaria as contas públicas da União, dos estados e dos municípios, em cerca de R$ 9,9 bilhões ao ano. Mas foi derrotado com o apoio de parte da base aliada. Na ocasião, o PDT disse que estava deixando a base e o PTB se declarou independente. Edinho Silva avaliou como positiva a reunião, que durou cerca de duas horas e meia e foi marcada após uma semana de tensão do governo com a base aliada no Congresso Nacional.

“O sentimento majoritário é que não vamos permitir que interpretações ou utilização política, por alguns setores minoritários, no nosso entender, da própria base e da oposição que elas possam provocar ruídos ou dificultar a construção da governabilidade”, disse o ministro.

Manifestações domingo
Para domingo (16), estão programadas uma série de manifestações por todo o país, o que pode ser decisivo para o futuro do governo da presidente Dilma Rousseff. Em Curitiba, um dos eventos organizado pelo “Movimento Brasil Livre” no facebook tinha até o final de semana pouco mais de 8 mil participantes “confirmados”. Outro, do grupo “Vem Pra Rua – Curitiba” tinha cerca de 1 mil pessoas prometendo comparecer. Analistas avaliam que se a participação da população for muito grande nos protestos, o caminho em direção ao impeachment pode ficar mais fácil.

Em Curitiba, o protesto está programado para começar na praça Santos Andrade, centro da Capital paranaense, às 14 horas, e deve percorrer a rua XV de Novembro, até a Boca Maldita. A última manifestação pelo impeachment de Dilma em Curitiba aconteceu em 12 de abril, e reuniu cerca de 40 mil pessoas, segundo cálculo da Polícia Militar. Informações do Banda B com Agência Brasil e Folha*

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